Turno vota recuo da empresa sobre mudança do THM, manutenção do quadro de SMS e outros pontos

Assembleia nesta quinta-feira (18)

Nesta quinta-feira (18) os trabalhadores da RPBC e Termoelétrica Euzébio Rocha participam de assembleia para analisar o recuo da Petrobrás, que atendeu a reivindicação dos trabalhadores de turno envolvidos na parada de manutenção em não modificar o Total de Hora Mensal (THM) de 168 horas para o regime do administrativo que é de 200 horas mensal.

A proposta da empresa surgiu depois que a categoria anunciou greve, aprovada nas assembleias realizadas de 11 a 16 de fevereiro. Dos 254 petroleiros presentes, 89% aprovaram greve por tempo indeterminado. Assim que concluída a última assembleia o sindicato comunicou a empresa o início da greve com base na Lei 7.789.

Depois de ser notificada pelo sindicato sobre o início da greve, a Petrobrás solicitou uma reunião com a diretoria do sindicato. Após as negociações, a gerência se comprometeu a não modificar mais o THM dos trabalhadores, mantendo-os no regime de turno de acordo com sua escala de trabalho. 

Já para o efetivo de SMS da RPBC, a empresa garante que não haverá qualquer alteração até nova discussão sobre o efetivo de profissionais técnicos de segurança do trabalho. No início do mês a gerência de SMS tentou reduzir o quadro mínimo de seis para cinco técnicos. A gerência se comprometeu em retomar o efetivo, e em caso de necessidade de ajustes futuros, a entidade sindical será convidada para discussão técnica antes de qualquer alteração.

Durante a reunião, o sindicato questionou o efetivo reduzido dos setores de laboratório e saúde, pois necessitam urgentemente receber novos profissionais para suprir as saídas do PIDV. Para essa pauta, a empresa vai criar um grupo de trabalho entre representantes do sindicato e RPBC para discutir sobre o efetivo dos técnicos químicos do Laboratório, Técnicos de Enfermagem do Trabalho do setor de saúde e Inspetores de Segurança da Patrimonial.

Sobre os riscos de coronavírus durante a parada, pautado também nas assembleias, a Petrobrás garante que todas as medidas de segurança preconizadas nos padrões e normativos internos serão adotadas. Na minuta, a empresa coloca que vai manter o acesso do Sindipetro Litoral Paulista para verificação das medidas de prevenção adotadas nos ambientes de trabalho durante a parada, através de representante a ser indicado para compor o grupo de pessoas designado pela RPBC para acompanhamento das medidas de prevenção à COVID-19 durante a parada de manutenção.

É importante ressaltar que muito antes dos trabalhadores aprovarem a greve o Sindipetro-LP tentou, por todos os meios possíveis, que a empresa ouvisse a categoria e revertesse as ordens arbitrárias dadas por alguns gerentes. 

Estamos mobilizados e prontos pra lutar!