Petroleiros do turno da RPBC e UTE-EZR aprovam proposta de trabalho da parada de manutenção e garantia do efetivo de SMS

Vitória dos trabalhadores

Após uma semana de assembleias, que aconteceram de 18 a 24 de fevereiro,  os trabalhadores do turno da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e UTE-EZR aprovaram, por ampla maioria, a proposta elaborada em conjunto entre o sindicato e a gerência da unidade que trata sobre a parada de manutenção e garantia do efetivo de SMS. No total foram 279 votos a favor, 3 votos contra e 8 abstenções, sendo assim, aprovada a suspensão da greve.

O recuo da empresa foi graças ao trabalho da diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral e a organização e pressão dos trabalhadores que resolveram cruzar os braços diante de ordens arbitrárias dadas por alguns gerentes.

A proposta surgiu depois que a categoria anunciou greve, aprovada nas assembleias realizadas de 11 a 16 de fevereiro. Dos 254 petroleiros presentes, 89% aprovaram greve por tempo indeterminado. Assim que concluída a última assembleia o sindicato comunicou a empresa o início da greve com base na Lei 7.789.

Depois de ser notificada pelo sindicato sobre o início da greve, a Petrobrás solicitou uma reunião com a diretoria do sindicato. Após as negociações, a gerência se comprometeu a não modificar mais o Total de Horas Mensais (THM) do regime dos trabalhadores, mantendo-os no regime de turno de acordo com sua escala de trabalho.

O THM dos trabalhadores do regime administrativo é de 200 horas mensais  e do turno 168 horas mensais. Se o trabalhador do turno for transferido para o adm irá trabalhar 32 horas a mais por mês sem receber essa diferença. Além disso, os petroleiros do regime administrativo trabalham 22 dias por mês e fazem 1 hora de almoço esse saldo de hora trabalhada totalizaria 54 horas que os trabalhadores de turno deixariam de receber.

Já para o efetivo de SMS da RPBC, a empresa retomou o quadro mínimo utilizado até o mês passado e informou que suspendeu o processo de redução de efetivo de profissionais técnicos de segurança do trabalho. No início do mês a gerência de SMS tentou reduzir o quadro mínimo de seis para cinco técnicos. A gerência se comprometeu em retomar o efetivo, e em caso de necessidade de ajustes futuros, a entidade sindical será convidada para discussão técnica antes de qualquer alteração.

Durante a reunião, o sindicato questionou o efetivo reduzido dos setores de laboratório e saúde, pois necessitam urgentemente receber novos profissionais para suprir as saídas do PIDV. Para essa pauta, a empresa vai criar um grupo de trabalho entre representantes do sindicato e RPBC para discutir sobre o efetivo dos técnicos químicos do Laboratório, Técnicos de Enfermagem do Trabalho do setor de saúde e Inspetores de Segurança da Patrimonial.

Sobre os riscos de coronavírus durante a parada, pautado também nas assembleias, a Petrobrás garante que todas as medidas de segurança preconizadas nos padrões e normativos internos serão adotadas. Na minuta, a empresa coloca que vai manter o acesso do Sindipetro Litoral Paulista para verificação das medidas de prevenção adotadas nos ambientes de trabalho durante a parada, através de representante a ser indicado para compor o grupo de pessoas designado pela RPBC para acompanhamento das medidas de prevenção à COVID-19 durante a parada de manutenção.

O Sindipetro-LP, através da sua diretoria, parabeniza a força de trabalho que provou que somente com união, solidariedade e disposição para lutar é que podemos avançar cada vez mais!