Trabalhadores da G&E fazem nova assembleia e reafirmam greve por tempo indeterminado

RPBC

Mais um dia de assembleia na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão. Os trabalhadores da G&E Engenharia reafirmaram, através de assembleia, a disposição de luta até receberem os pagamentos atrasados.

Desde o último dia 7 de maio que a empresa está postergando o pagamento das verbas rescisórias de quase 150 trabalhadores e não fez o repasse dos que ainda estão ainda trabalhando na parada de manutenção da UFCC. A situação beira o caos e até o momento a “gata” não se manifestou.

A Petrobrás, através da gerência da unidade, informou que ontem (10) que liberou uma fatura cujo valor é suficiente para quitar os pagamentos pendentes. Agora cabe a chefia da G&E fazer o repasse.

O mais impressionante de isso tudo é que o calote era “tragédia anunciada” já que a contratada fez e faz história no Sistema Petrobrás. Temos notícias de calote em Sergipe e já denunciamos problema na Unidade de Tratamento de Gás (UTGCA), em Caraguatatuba.

Os dados só reafirmam o que os dirigentes do Sindicato vêm divulgando sistematicamente que a culpa disso tudo é da má gestão da Petrobrás. Se a alta cúpula não pensasse única em exclusivamente em aceitar empresas que oferecem contratos com valores extremamente reduzidos nada disso aconteceria. A ordem é poupar para encher bolso de acionista!

A responsabilidade da Petrobrás em contratar empresas incompetentes é incontestável. Sem critérios que impeçam a contratação de terceirizadas sem lastro financeiro mínimo para garantir a rescisão de seus empregados, situações como a que acontece agora com a G&E serão cada vez mais comuns. No entanto, sempre que for preciso, não deixaremos de lembra-los que os trabalhadores do polo petroquímico de Cubatão são conscientes de sua importância e sabem lutar por seus direitos.