Por aclamação, chapa única é eleita para a nova Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista

2021 - 2024

Em assembleia na noite desta terça-feira (25), os petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista elegeram por aclamação a Chapa 1 para a gestão 2021-2024 do Sindipetro-LP. A votação ocorreu na sede, em Santos, e subsede, em São Sebastião e por videoconferência.

A assembleia foi conduzida pela Comissão Eleitoral, que apresentou aos associados duas opções diante da inscrição de uma única chapa: como ocorre tradicionalmente, a votação nos locais de trabalho e sedes sociais da entidade; ou, como alternativa, a eleição por aclamação.

Com 96% de aprovação, a maioria dos presentes decidiu pela aclamação, elegendo a Chapa 1 – formada por membros da atual diretoria e petroleiros de base que estiveram em lutas recentes e decisivas da categoria. Isso prova, na prática, que a categoria está coesa com o trabalho realizado pela atual gestão. As três últimas vezes em que o Sindicato teve apenas uma chapa inscrita foram em 2018, com a atual gestão, em 2003, e em 1979.

Na compreensão da maioria, uma vez consolidada a inscrição de apenas uma chapa, a eleição em urnas representaria um gasto financeiro desnecessário. Além disso, a pandemia seria um grande agravante já que não há possibilidade de aglomeração tantos nas unidades operacionais de terra e mar quanto na sede e subsede. Outra ponderação foi de que o processo eleitoral representaria um obstáculo concreto para a continuidade das lutas que a diretoria vem organizando. Muitas delas fundamentais, como os desmandos da atual gestão da Petrobrás, as demandas locais, e as batalhas contra as privatizações e medidas impopulares do governo Bolsonaro.

Continuidade e renovação
A direção eleita pela categoria combina a continuidade do trabalho desenvolvido nos últimos seis anos, através da atual gestão, com uma renovação de 13 novos membros em seu quadro. Fôlego novo importante, que está presente em quase todas as unidades da Petrobrás que o Sindipetro-LP representa. Uma configuração que fortalece o trabalho de base e a busca pela unidade da categoria, demonstrando que a defesa por uma empresa integrada também se aplica à organização da luta.

Afinal, apesar de todas as particularidades de cada base e setor, ativos, aposentados, pensionistas, trabalhadores do ADM e turno, somos todos petroleiras e petroleiros, somos os trabalhadores que formam essa tradicional e combativa categoria.

A nova diretoria irá enfrentar a partir de 1° de junho, primeiro dia de posse, uma conjuntura muito difícil. As lutas dos petroleiros e do conjunto da classe trabalhadora brasileira nunca foram tão difíceis e decisivas no período recente do país. Desde que assumiu o poder, Jair Bolsonaro com a trupe de Paulo Guedes vem aplicando duros retrocessos a conquistas sociais históricas do povo. Neste pacote, estão a privatização da Petrobrás e a entrega do petróleo brasileiro ao estrangeiro.