Diretoria intensifica a luta em prol dos direitos da categoria tanto nas bases operacionais quanto em mesa de negociação

Sindipetro-LP

Nem mesmo a pandemia consegue atrapalhar a luta da Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista frente aos problemas que surgem diariamente. A agenda desta semana foi permeada por embates tanto nas unidades da Petrobrás quanto em mesa de negociação. A atual gestão da empresa tem aproveitado a crise sanitária e econômica, que o país atravessa, para promover novas investidas contra a categoria e dar mais ênfase ao processo de privatização.

A semana começou e terminou com mobilização nas unidades operacionais do Litoral paulista. Os trabalhadores e trabalhadoras do terminal de Alemoa, em Santos, da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e UTE Euzébio Rocha e do Terminal de Pilões, em Cubatão, do Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião, e da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba participaram do movimento. Em pauta, a privatização da Petrobrás Biocombustível (PBIO) e apoio a greve dos trabalhadores da subsidiária. Os trabalhadores do turno da RPBC e UTE-EZR fecharam a semana de atrasos após quatro dias de luta.

Na terça-feira (26) aconteceu assembleia que elegeu por aclamação a Chapa 1 para a gestão 2021-2024 do Sindipetro-LP. A votação ocorreu na sede, em Santos, e subsede, em São Sebastião e por videoconferência. A nova diretoria toma posse no dia 1° de junho.

Na quinta-feira (28) os dirigentes estiveram reunidos com a gerência da RPBC para discutir a integração do setor de destilação. O processo de integração está acontecendo de maneira pouco transparente e na “calada da noite”. No início do mês de maio os trabalhadores do setor foram surpreendidos com o avanço do processo. Em um cenário de pandemia, com quadro funcional reduzido e jornadas excessivas, a empresa aposta em treinamentos precários para integrar as unidades aumentando a insegurança dos trabalhadores. No mesmo dia aconteceu reunião de Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) com a Petrobrás. Os dirigentes do Sindicato discutiram a atuação da empresa frente à Covid-19 no Sistema Petrobrás. A política negacionista de Jair Bolsonaro é perpetuada de forma muito precisa entre a força de trabalho. As queixas vão desde o não fornecimento de EPI, não realização de exames RT-PCR a uma política concreta e efetiva de contenção do vírus.

Em paralelo a isso, semanalmente, de terça a quinta-feira, membros da Diretoria também realizam trabalho de base no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. O local atende os trabalhadores e trabalhadoras das plataformas de Mexilhão, Merluza, P66, P67, P68, P69 e P70. Os embarcados têm sido foco central dos sucessivos ataques da gestão bolsonarista da Petrobrás que tem permitido que as unidades offshore sejam focos constantes de surtos de Covid-19. A reunião dos dirigentes do Sindipetro-LP e com os membros da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) também acontece todas as semanas e servem para alinhar a diretoria frente aos embates diários.

Nesta sexta-feira (28) foi realizada também reunião do Departamento jurídico do Sindicato onde a diretoria, funcionários do setor e advogados trataram sobre o andamento das ações pertinentes à categoria e a possibilidade de novos processos. O Sindipetro também esteve presente em São José dos Campos para apoiar a luta dos petroleiros terceirizados da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos. O problema não é único e exclusivo da unidade. A situação das empresas contratadas se alastrou em todo o Sistema Petrobrás graças a falta de responsabilidade do Setor de Suprimentos e Serviços (SBS) da Petrobrás, que é responsável pelas licitações e contratações das “gatas”. Desde que a nova gestão assumiu o comando da empresa, não se escolhe mais quem oferece o melhor serviço, mas quem apresenta o menor valor. As consequências são evidentes: empresas aventureiras entram na Petrobrás e lucram à custa do sofrimento alheio com o intuito de encher “os bolsos” dos acionistas.

A semana se encerra neste sábado (29) com a presença do Sindicato dos Petroleiros do Litoral paulista no 29M Baixada Santista que acontece amanhã (29) às 16h, na Estação Cidadania (ao lado do Hipermercado Extra), em Santos. O ato, que acontece simultaneamente em 85 cidades de todo o país, é contra o governo de Jair Bolsonaro.