FNP solicita mais uma vez esclarecimentos sobre os dados referentes ao suposto déficit da AMS

Pagamento

Por solicitação da Petrobrás, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) participou de reunião, na manhã desta quinta-feira (8/7), para tratar do suposto déficit do ano de 2020 da AMS. 

Durante a reunião, a FNP questionou se a apresentação trazia os dados solicitados e os representantes da empresa informaram que não iriam apresentar todos os dados. Os dados a serem apresentados eram referentes às informações que consideravam pertinentes esclarecer.

Em outras palavras, a reunião só era para configurar uma mera formalidade da empresa. A realidade é que não existe diálogo com a empresa e sim um modelo de negociação impositivo e unilateral.

Cabe lembrar que a FNP vem sistematicamente, como fez através do ofício 048/2021 de 1º de junho, pedindo que a Petrobrás detalhasse mais os dados relativos ao suposto déficit, a partir de um extrato pormenorizado (nominal e cronologicamente) discriminando todos os serviços e produtos comprovadamente fornecidos a cada um dos beneficiários (e/ou a seus dependentes), e memória de cálculo, para a comprovação da existência e origem dos alegados débitos, e da legalidade de seus descontos/cobranças, reafirmando o mesmo.

Entenda o caso

A FNP no ofício 041/2021, no dia 28 de maio, solicitou uma reunião com a empresa para tratar dos problemas da AMS, desde os descontos abusivos, cobranças impostas a empregados, aposentados e pensionistas sem documentação, falta de credenciados,  descredenciamento em massa, falta de pagamentos devido a glosas e ainda com cobrança de margem consignável acima dos 13% acordados em normas coletivas, dificuldade no atendimento com a AMS, emissão de boletos bancários irregularmente,  entre outros.

Na ocasião, a Petrobrás aproveitou a reunião para apresentar uma proposta de equacionamento de déficit. Nessa apresentação, os dados eram muito superficiais. Para se ter uma ideia, não tinha memorial de cálculo e faltavam muitas informações para que as entidades pudessem avaliar se aquele déficit era existente.

Diante dos fatos, a FNP não teve outra alternativa senão solicitar novamente os dados mencionados no ofício e uma nova data de reunião para discutir uma proposta de pagamento do suposto déficit, se assim houver.

Se faz ainda necessário deixar claro que a Petrobrás, com essa gestão que não negocia, só impõe, vem causando vários transtornos aos trabalhadores. A verdade é que a empresa, no que se refere o trato com os funcionários, já não tem a transparência que tinha anteriormente. No governo Bolsonaro, a única transparência que se tem é com os credores americanos, em que a estatal faz acordo para pagar bilhões. Essa, sim, é a verdade!

Fonte: FNP