Trabalhadores reafirmam, em setoriais, que redução do quadro de operadores é inviável e coloca a planta em risco

Terminal da Alemoa

Nos dias 8 e 12 de julho a diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista promoveu setoriais para debater a redução do quadro de operadores no Terminal da Alemoa, em Santos.

Os trabalhadores que participaram do encontro deixaram claro que por questões de segurança não há nenhuma possibilidade de redução de sequer um posto de trabalho na unidade. O quadro de petroleiros que operam o píer, SEMOV, SEGAS, ou o painel é o mínimo possível para garantir a segurança das instalações, inclusive foram levantados vários questionamentos sobre ligados ao tema como, por exemplo, a situação da brigada de incêndio.

Uma questão que também foi levantada durante o encontro e merece destaque é a situação do treinamento adequado dos petroleiros. No píer o quadro mínimo é de três operadores e a maioria dos turnos está trabalhando somente com dois operadores e o terceiro, que completaria o quadro, fica em treinamento. O que descaracteriza toda e qualquer norma interna de segurança da Petrobrás e demonstra a má fé dos gestores do terminal que sabem que estão burlando normas, mas que visam apenas reduzir gastos.

A alteração de quadro, encabeçada pelo gerente de operações, consiste em manter apenas dois operadores atuando no local. Isso significa que um único operador ficará encarregado de atender tanto os píeres de navios, quanto os píeres de barcaça. A atitude parece contrariar a determinação do Gerente Geral que afirmou, em reunião com a diretoria do Sindipetro, que manteria três operadores. Além disso, contraria a Norma 2671 da Petrobrás que especifica um operador dedicado ao carregamento de barcaças. O item 5.4.15 dessa norma estabelece que “o operador do terminal designado para acompanhar a operação deve permanecer no píer durante todo o carregamento”.

Diante do que foi exposto, pela força de trabalho, durante as setoriais, o Sindicato irá enviar ofício para a gerência do terminal para agendar uma reunião para tratar a forma como vem sendo realizados os treinamentos e garantir de fato o quadro mínimo necessário e seguro para operação no píer. Caso não haja avanço nas negociações com a gestão da empresa, os dirigentes do Sindicato já estão autorizados a convocar assembleias na porta da unidade para deliberar greves e mobilizações para barrarmos essa nova investida que só visa aumentar os lucros em detrimento da vida da força de trabalho e da segurança das comunidades próximas ao terminal.