FNP entrará com ação contra o equacionamento que foi anunciado unilateralmente pela Petrobrás

AMS

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) vai entrar com ação judicial contra o desconto anunciado pela Petrobrás referente ao custeio da AMS no ano de 2020, previsto para ser realizado no início de agosto.

Isso acontece porque a gestão da empresa não apresentou os dados para os sindicatos auditarem, conforme solicitado e previsto no ACT.

Durante o presente período em que a pandemia afeta a vida dos petroleiros e petroleiras, gerando situações de atendimento emergencial, consultas e internações, e também com as sequelas derivadas da COVID-19, não é possível aferir se a Petrobrás está cobrando dos beneficiários da AMS custos que deveriam de ser de exclusividade da empresa.

Lamentavelmente, o governo Bolsonaro quer preparar a empresa para a privatização e, nesses casos, uma empresa que não gasta com direitos trabalhistas é mais atrativa para os futuros compradores, que querem apenas lucrar. 

Um RH que teve seu gerente executivo demitido em abril deste ano. Cláudio Costa, que deu largos passo aprofundar a privatização da AMS, preparou o caminho para entregar para alguma operadora privada de plano de saúde.

Preparação que se traduziu com a criação da Associação Petrobrás de Saúde (APS), com a entrega de cargos diretivos para os apaniguados, aplicação no aumento da participação no custeio para os participantes, e um regulamento draconiano guardado a sete chaves, numa demonstração de falta de transparência e de preocupação com o serviço prestado aos petroleiros. Costa ainda promoveu reuniões com representantes de outros planos com divulgação de dados do nosso plano de saúde em total desacordo com o Código de Ética.

Agora, esse RH quer impor um desconto aos trabalhadores sem as devidas negociações. A FNP defende uma AMS gerida pela Petrobrás, com ampla participação dos trabalhadores nas decisões.

Fonte: FNP