Semana com novos desafios para a categoria petroleira frente aos desmandos da atual gestão da Petrobrás

Semana de 26 a 30 de julho

Com tantos ataques à classe trabalhadora e à categoria petroleira a diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista te redobrado o trabalho tanto junto aos trabalhadores quanto nas mesas de negociação. A atual gestão da Petrobrás emparelhada à dupla Jair Bolsonaro e Paulo Guedes vem provendo verdadeira barbárie nas unidades de terra e mar com o objetivo de sucatear a empresa e tornar mais atrativa aos “olhos” do mercado internacional.

O último sábado (24) foi dia de protesto em todo país pelo impeachment de Bolsonaro. No Litoral Paulista não foi diferente. Pela manhã, a diretoria do Sindipetro-LP esteve envolvida nos atos em São Sebastião, Praia Grande e Cubatão. À tarde participou de atos em Caraguatatuba, Ilhabela, Ubatuba e Santos.

A segunda-feira (26) começou com reunião com a Frente Sindical classista. Na terça-feira (27) os dirigentes realizaram panfletagem e trabalho de base na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e UTE -EZR, em Cubatão. A quarta-feira (28) foi a vez dos trabalhadores dos terminais da Alemoa e Pilões receberem também o boletim dos terceirizados. Desde que a lei da terceirização e a reforma trabalhista, orquestradas por Michel Temer, foram implementadas elas vêm balizando as contratações de empresas terceirizadas. Com a lei da terceirização, a responsabilidade das empresas contratantes diminuiu, deixando os trabalhadores à própria sorte, com salários reduzidos, muitas vezes com pagamentos atrasados, quando não, demitidos sem qualquer vislumbre de receberem seus direitos.

A Comissão de Direito Internacional da OAB-RJ (CDINT/OAB-RJ) em parceria com o Centro de Documentação e Pesquisa (OAB-RJ) promoveu na quarta-feira (28) live “A responsabilização das empresas que apoiaram o golpe de 1964”. O debate teve a participação do diretor Sindipetro-LP e secretário geral da FNP, Adaedson Costa.

Em paralelo a isso, de terça a quinta-feira, a diretoria fez trabalho de base no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Na oportunidade também panfletou material dos terceirizados.  O local atende os trabalhadores e trabalhadoras das plataformas de Mexilhão, Merluza, P66, P67, P68, P69 e P70. Os embarcados têm sido foco central dos sucessivos ataques da gestão bolsonarista da Petrobrás que tem permitido que as unidades offshore sejam focos constantes de surtos de Covid-19. A reunião dos dirigentes do Sindipetro-LP e com os membros da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) também acontece todas as semanas e servem para alinhar a diretoria frente aos embates diários. Além disso, uma outra atividade que é realizada semanalmente são reuniões com os membros do Fórum em defesa dos participantes da Petros/AMS, com Cabeças Brancas para discutir a situação da AMS e com o EOR da Petrobrás. As reuniões com o Grupo de Trabalho - Conselho Sindical Reg da B. S. e o GT Comunicação - Contra a Privatização da Petrobrás acontecem todas as quartas-feiras.

Na quinta-feira (29) os representantes do Sindipetro participaram da 1ª reunião da CIPA da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba. Os trabalhadores vêm sofrendo com a redução do quadro de trabalhadores e com os inúmeros desmandas da gerência da unidade. Os petroleiros terceirizados da unidade também tem padecido com os calotes crescentes e recorrentes das empresas contratadas. Além disso, o Sindipetro participou de reunião com a Petrobrás RH para tratar demandas da RPBC.

A semana (30) encerrou com reunião com o RH da Transpetro para debater o treinamento dos novos operadores e efetivo mínimo seguro para as operações e a definição da gerência do Terminal de Santos e Cubatão (Alemoa e Pilões) para efeitos de tratativas de assuntos locais. O Departamento de Imprensa e a diretoria do Sindipetro-LP participou da a oficina “Mídias sociais para disputa de hegemonia” promovido pelo Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos. Na sexta (30)  a diretoria participou de reunião com os sindicatos dos petroleiros do estado de São Paulo para tratar da terceirização das unidades e de uma audiência de mediação com o MPT e a gerência da UTGCA para tratar do quadro mínimo.

É importante destacar que, em caso de emergência ou denúncias, tanto os diretores de base quanto os liberados podem ser contatados através do celular/whatsapp (clique aqui). A pandemia avança e com ela a atual gestão da Petrobrás tem aproveitado o momento para “passar a boiada” e promover ataques sucessivos à força de trabalho e vender à preço de banana a empresa. A privatização de todos os serviços públicos do país já se mostrou, ou provavelmente irá se mostrar trágica, mas a sanha privatista parece não ter fim e quem paga o “pato” são os petroleiros e petroleiras que produzem grande parte da riqueza do país e a população que vem sofrendo “às duras penas” com o baixo poder de compra. Por isso, é importante que haja essa interação entre a categoria e os representantes do Sindipetro-LP para barrarmos esse tipo de ofensiva.