Reunião com UO-BS e sindicato trata sobre fim do teletrabalho, impedimento de embarque e outras demandas

Agenda da diretoria

A diretoria do Sindipetro-LP se reuniu na segunda-feira (10) com o RH da UO-BS para tratar sobre demandas específicas dos trabalhadores das plataformas e prédio.

A empresa se prepara para retomada das atividades presenciais no prédio, sem testes de covid-19 em massa. Segundo a UO-BS, o efetivo no prédio passara de 130 para 450 pessoas. Diante disso, o sindicato solicitou testes de covid-19 nos prédios para quem não se infectou nos últimos 90 dias. Segundo a empresa, os testes foram suspensos devido a protocolo da EOR, que diz que os testes rápidos não são eficazes dado o grau de estágio de vacinação na força de trabalho. O sindicato reivindicou o teste rápido de antígeno, por ter resposta mais rápida, tão eficiente quanto o teste padrão ouro (RTPCR), que pode inclusive detectar infecção de pessoas assintomáticas e dos já vacinados, que não desenvolvem a doença em um estágio crítico, mas transmitem, o que é um perigo que pode ser mitigado com o teste rápido de antígeno. A empresa não respondeu a respeito.

A empresa não respondeu a respeito. O sindicato então cobrou distribuição de máscaras PFF2 para os trabalhadores do administrativo e para o pessoal dos turnos das plataformas, que operam no Valongo. Para a empresa, como a vacinação está adiantada para a maiorias dos trabalhadores, não vê necessidade dessa proteção e que somente disponibilizará máscaras para as áreas operacionais em parada de manutenção e plataformas. No entanto, os atuais gestores da Petrobrás se esquecem que mesmo os vacinados podem pegar covid-19 e passar para seus familiares, ou vice e versa.

A empresa diz que segue recomendação da EOR e Ministério da Saúde, em resposta a cobrança do sindicato de restruturação dos ambientes de trabalho, aumentando a circulação de ar e distanciamento entre os trabalhadores. Segundo a empresa, o retorno ao trabalho presencial será gradativo, mas para o sindicato esse movimento só deveria ser iniciado quando todos os trabalhadores, próprios e terceirizados tiverem sido vacinados com primeira e segunda dose.

Demandas dos embarcados
Os trabalhadores das plataformas reclamam com frequência de serem impedidos de embarcarem por motivos banais, como ter chegado ao hotel no banco da frente, ao lado do motorista da Uber. Não há nenhuma recomendação no e-mail que o trabalhador recebe marcando o embarque, orientando sobre sentar no banco de trás do passageiro ou algo parecido. A punição não faz sentido, pois quando o trabalhador embarca no avião vem sentado ao lado de alguém, sem nenhum distanciamento, já no carro, com vidro aberto e usando máscara não pode?

Ao ser impedido de embarcar, a empresa ainda desconta do banco de horas do trabalhador (quando ele tem, se não fica com frequência negativada), 35 dias, somando os 14 dias embarcado e 21 dias de folga. O mesmo acontece quando o trabalhador desembarca para folga de 21 dias, mas ainda no dia seguinte ao seu desembarque, com ainda 20 dias de folga pela frente, por não preencher os protocolos de monitoramento em terra, já é impedido de embarcar na próxima escala.

Não há tratativa hegemônica entre lideranças e a base. Enquanto para a base descontam da frequência, os geplats dão jeitinho para poder embarcar suas lideranças, alegando urgência, como trabalhar em uma máquina, quando na verdade, quem trabalha nos equipamentos são os técnicos. Mesmo não cumprindo os protocolos da empresa, os geplats liberam o embarque desses protegidos, usando saídas que a empresa tem, como o protocolo de monitoramento constante na plataforma. A medida é usada sem qualquer necessidade, simplesmente para beneficiar os “amigos do rei”, ocupando demais os profissionais do setor de Saúde, que têm que ficar monitorando constantemente o pessoal da liderança, que ficam com camarotes isolados, sozinhos, enquanto que nos outros camarotes, os trabalhadores ficam em até quatro pessoas. Não se vê utilizarem medidas de urgência para embarcar os demais trabalhadores.

Confrontada sobre esses fatos, a gerência da UO-BS disse que verificará as autorizações para embarque sem cumprimento de protocolos.

O sindicato sugeriu ainda uniformizar em 17 minutos a passagem de turno, questão de segurança que será discutida na próxima reunião com o gerente geral.

Outras demandas como alteração de embarque, que gera custos altos de passagens aéreas fora da escala, a empresa tratará com a FNP. Já sobre treinamentos em hotel com dispositivos móveis, com autorizações invasivas pelos aplicativos, a empresa enviará ofício com a resposta para o Sindipetro-LP.

Seguimos na luta!