Sindipetro-LP convoca trabalhadores do Terminal da Alemoa para assembleia que irá deliberar movimento grevista

De 30 de agosto a 06 de setembro

A diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista convoca os trabalhadores do Terminal da Alemoa, em Santos, para participar de assembleias que acontecem entre os dias 30 de agosto a 06 de setembro  na portaria principal da unidade. Em pauta, aprovação de movimento grevista pela segurança operacional até que a gerência da Transpetro formalize acordo com garantia de efetivo mínimo devidamente habilitado no Terminal da Alemoa. O quadro deve contar com três operadores no píer,  três operadores no painel, dois operadores no SEGAS, dois operadores no SEMOV  e um supervisor. Além disso, será colocada em regime de votação a aprovação ou não de assembleia permanente e outros encaminhamentos relacionados ao movimento grevista.  

Mesmo após a pressão dos trabalhadores próprios e terceirizados, através do ato realizado na última semana, a gestão do terminal e gerência do RH corporativo da Transpetro seguem em silêncio primando sempre pela negligência em detrimento da vida. A rodada de assembleias ratifica o pleito da força de trabalho que deliberou, nas setoriais e conversas com os dirigentes do Sindicato,  por cruzar os braço frente a recusa dos mandatários da unidade em manter o que havia sido garantido em mesa de negociação no que diz respeito em garantir a segurança mínima no terminal.

A redução de efetivo operacional tem sido uma realidade danosa em todo Sistema Petrobrás. No terminal da Alemoa a diminuição ameaça a segurança operacional da unidade, a vida dos trabalhadores e da comunidade circunvizinha. O gerente geral da Alemoa está abrindo mão de cerca de 13 operadores até novembro, o que equivale a um turno inteiro a menos na unidade, dentre cedidos pela Petrobrás e que serão devolvidos à holding, e outros com idade para se aposentar. Além da perda de profissionais experientes, tudo acontece sem a devida reposição por meio de concursos públicos.

A gerência também está remanejando trabalhadores de outras funções para a operação, porém sem o treinamento adequado. Com isso, os gestores pretendem que a unidade seja adequada a operar com número bem abaixo do seguro, contrariando as próprias regras e procedimentos internos relacionados aos treinamentos.

Todo esse imbróglio nos leva a crer que tem por objetivo atingir metas pessoais. O gestor deve estar em “busca do famoso pote de ouro da meritocracia” imposta pela atual gestão bolsonarista do Sistema Petrobrás e deixada como herança por Cláudio da Costa. O lucro acima da vida virou lema do alto escalão da empresa e da gestão das unidades, como é o caso da Alemoa. Para esse pessoal não existem procedimentos e nem zelo pela segurança das instalações e das comunidades circunvizinhas das unidades do Sistema Petrobrás.

As vidas da força de trabalho, o meio ambiente e a reputação da Transpetro estão acima de tais interesses. Não vamos tolerar a redução de posto de trabalho e nem que uma conduta desse tipo acabe em um acidente semelhante ao que aconteceu na Ultracargo! Estamos prontos para o embate!