Durante entrevista à rádio, sindicato pede ação da Câmara de vereadores diante da redução de efetivo da Alemoa

Greve no terminal


Em entrevista à Rádio Brasil Atual – RBA Litoral, o coordenador do Sindipetro-LP, Fabio Mello, falou sobre a greve dos petroleiros da Alemoa, que completa uma semana de paralisação, com próprios e terceirizados de fora da unidade, por segurança e contra a redução do quadro de operação, que torna a permanência no local insegura.

Mello aproveitou a participação do vereador Chico Nogueira, de Santos, para solicitar que em nome da Câmara de Vereadores de Santos, cobre a Transpetro o quantitativo do atual quadro de operação da unidade.

Mello relatou que nos últimos cinco anos, o efetivo na Alemoa foi sendo reduzido paulatinamente, passando de 15 operadores para 14, 13, 11, 10, até chegar agora à decisão da empresa para reduzir a operação para somente nove operadores por turno. A medida acontece pouco tempo após a recente reclassificação do terminal da Alemoa, que passou de classe 2 para 3 em risco de acidentes, devido o grande número de hidrocarboneto armazenados,  classe essa reservada a unidades como refinarias.

Mesmo com os trabalhadores se manifestando contra a redução, inclusive com assembleias que ratificaram a necessidade de manter o quadro atual, a gerência da unidade manteve a decisão, anunciando a mudança na operação para novembro, não deixando outra alternativa a não ser iniciar a greve.

A redução do efetivo atende a política de privatização da atual gestão da Petrobrás, que encontra respaldo em outra briga política pela privatização entre governo federal e governo do estado, diante do leilão do terminal. A situação é de perda para a região, independente do resultado do leilão, pois se a Transpetro ganhar o lance, poderá ficar somente com uma áreas ofertadas, perdendo parte significativa de suas instalações.

Mello ressaltou que a categoria está disposta a negociar a contingência do terminal e aplicar o quadro mínimo seguro para operação, que é de 10 operadores por turno mais o supervisor, dispostos de três operadores no píer, três na sala de controle, dois para operar o sistema de gás e dois para operar o sistema de líquidos e combustíveis.

Somados já sete dias de greve, diferente de outras mobilizações parecidas encabeçadas pelo sindicato, dessa vez a Petrobrás não questionou a greve judicialmente, com pedido de liminar para apresentar contingência, pois sabe que a decisão da justiça será para que restabeleça o quadro reivindicado pelos trabalhadores.

Durante a greve, a unidade está funcionando com apenas cinco supervisores operando o terminal e sem brigadista, outra reivindicação da categoria. Mello aproveitou a participação do vereador Chico Nogueira, de Santos, para solicitar que em nome da Câmara de Vereadores de Santos, cobre a Transpetro o quantitativo do atual quadro de operação da unidade.