Gerência da Alemoa descumpre as próprias regras e desvia entrada de trabalhadores por barca

Prática antissindical

Os petroleiros em greve na Transpetro Alemoa receberam denúncia de que a gerência da unidade está tentando impedir o andamento normal das negociações com o sindicato, forçando a entrada dos trabalhadores, atravessando-os até o terminal por barcas pelo porto.  Com isso, a Transpetro tem feito vista grossa para suas próprias regras, arriscando a vida desses trabalhadores entre vans e barcas, para que trabalhem em uma unidade grau máximo (3) na escala de risco de acidentes, de acordo com a NR-20,  operada durante a greve por apenas cinco pessoas, das quais apenas dois são operadores.

Passados 13 dias do início da greve, até o momento as poucas conversas com a empresa não avançaram em nada as negociações com o sindicato sobre a reivindicação dos trabalhadores.

Os petroleiros estão firmes na greve, mesmo sofrendo retaliação, como o corte do salário do mês de setembro, ao qual têm direito, pois a greve só iniciou no dia 16, e continuam indo todos os dias para a entrada da fábrica para mostrar unidade e força da mobilização.

No entanto, com a manobra antissindical desesperada da Transpetro, a categoria está sendo impedida de realizar plenamente seu direito de greve e dialogar com os companheiros que estão sendo levados, como clandestinos, para pontos diversos do porto de Santos, e outros que estão se sujeitando a fazer o jogo sujo da empresa, traindo a classe, em troca de promessas de promoção que não se cumprirão ou simplesmente por covardia. Enquanto a empresa retarda a negociação com o sindicato, pensando ganhar tempo ou cansar os grevistas, os trabalhadores não apresentam nenhum sinal de que vão desistir da greve.

Os trabalhadores em greve na Alemoa não pedem nada a menos do que a manutenção do efetivo mínimo para que a unidade funcione de forma segura para todos, comunidade em redor e outras empresas.

Para os trabalhadores que por conta própria aceitaram agir como fugitivos, furando a greve de seus companheiros, lembrem-se que quando algum acidente acontece na unidade a culpa sempre recai sobre o empregado. Também, da mesma forma que está acontecendo a redução do efetivo próprio nas unidades da Petrobrás, o número de terceirizados na unidade também deverá ser reduzido, pois a busca da atual gestão da empresa é a redução de custos com operação. Para a empresa, mesmo que consigam diminuir o efetivo próprio e terceirizado, não será suficiente, e os ataques recairão como redução salarial e retirada de benefícios, já cada vez mais escassos. Portanto, diferente de achar que está defendendo seu emprego, é possível que você esteja criando as condições ideais para seu próprio desemprego.

Já aos trabalhadores que estão sendo coagidos a furar a greve, procure o sindicato e denuncie, manteremos sigilo sobre sua identidade e agiremos para responder a altura essas medidas antissindicais. Os contatos dos diretores do sindicato estão aqui.

Aos petroleiros firmes na greve, nosso muito obrigado, respeito e admiração! Não está sendo fácil, mas está sendo gratificante viver a união da categoria!