Petroleiros da Alemoa conquistam avanços na manutenção do efetivo e segurança operacional

Após 16 dias de greve

 

Os petroleiros do terminal Transpetro Alemoa, em greve há 16 dias por manutenção do efetivo atual e pela segurança de suas vidas, do terminal e da vizinhança do entorno da unidade, decidiram nesta sexta-feira (1), aceitar a minuta proposta pela empresa e terminar a greve.

Os petroleiros da Alemoa fizeram uma greve forte, com revezamento dos grupos de turno na porta da fábrica, sem esmorecer ao cansaço e pressão dos gestores. Mais do que as minutas (veja o documento na íntegra no final do texto) garantindo melhores condições de trabalho e segurança da unidade, a greve foi um momento de demonstração de união e amizade, integrando petroleiros novos de terminal e antigos de casa em busca do bem coletivo, criando novos laços e fortalecendo a categoria em torno do sindicato.

A categoria sai fortalecida dessa greve, servindo de exemplo para as demais bases de petroleiros de todo o Brasil, mandando o recado para os atuais gestores da Petrobrás de que somos uma categoria unida e organizada, que sabe como lutar por seus direitos.

Veja as conquistas da greve
1 – Manutenção do quantitativo atual do quadro de operadores até março de 2022;

2- manutenção dos trabalhadores Petrobrás mais experientes para uma passagem de serviço (gestão de conhecimento), de forma apropriada;

3- compromisso da Transpetro em finalizar o estudo de efetivo conforme padrões exigidos pela NR20, principalmente após a reclassificação do terminal de nível 2 para nível 3 de grau de risco;

4 – é conquista da greve compromisso da Transpetro de que sempre que tiver necessidade operacional excepcional, a empresa irá avaliar a inclusão de reforços para atender a demanda operacional com segurança;

5 - comprometimento da Transpetro em reavaliar o atual quadro caso a necessidade operacional seja alterada com aumento de tarefas ou novas rotinas operacionais;

6 - A Transpetro se compromete a retornar os treinamentos dos brigadistas e compor brigada de emergência com acompanhamento da Cipa;

7- Dias parados - por se tratar de uma greve ambiental, garantimos abono de 50% dos dias parados e desconto de 50%, sem reflexos, em 25 de outubro, o que é um avanço, dado o histórico de desfechos de movimentos grevista.

Diante da proposta da Transpetro, arrancada pelos trabalhadores grevistas, os petroleiros deixam registrado aqui que, caso a gestão da Transpetro não cumpra o que está sendo em minuta aprovada em assembleia, os trabalhadores do terminal Alemoa não se furtarão a exercer novamente o direito constitucional de greve, a fim de preservar seu direito a um trabalho seguro.

Parabenizamos todos os trabalhadores do terminal, que se envolveram na greve, aos terceirizados, que apoiaram o movimento, aos sindicatos da Construção Civil, metalúrgicos e Sindserv Santos, estudantes e Frente Sindical Classistas, Sindipetro Unificado São Paulo e outras bases, que estiveram conosco segurando 16 dias de greve que já entrou para a história das lutas e conquista do Sindipetro Litoral Paulista!

Estamos mobilizados e cada vez mais fortes!