Petroleiros denunciam ameaça de gestão da Petrobrás de fechar a Six, caso não negociem dívida de royalties

Com mobilização no Paraná

A Caravana Unitária de Lutas está nesta sexta-feira (15) na Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, no estado de Paraná. A mobilização iniciada pelos três sindicatos paulista, Sindipetro Litoral Paulista (Sindipetro-LP), Sindipetro São José dos Campos (Sindipetro-SJC) e Unificado São Paulo(Sindipetro-SP) contra a terceirização no Sistema Petrobrás, com atos em suas bases, ganhou adesão dos petroleiros da Bahia, Minas Gerais e Paraná. 

Os atos unitários refletiram em recuada da empresa diante de licitação para terceirização de serviços nos setores de águas e detritos de sies refinarias, dentre elas a refinaria de Paulínia (Replan) e RPBC. O processo, apresentado em junho, transferia para a iniciativa privada 109 vagas nas unidades de São Paulo. O recuo temporário, sem nenhuma garantia formal, é um sinal de que a categoria deve permanecer em alerta, pois com a gestão bolsonarista no comando da empresa nem mesmo o que está documentado é cumprido, quem dirá um recuo estratégico. 

A SIX, unidade que recebe a Caravana Unitária nesta sexta-feira, está também na mira da atual gestão da Petrobrás que tem ameaçado a prefeitura e o governo a renegociar a dívida dos royalties sobre a exploração do xisto. A alta cúpula da empresa ameaçou fechar a unidade caso não consiga o que quer com o objetivo de reduzir passivo e assim facilitar a venda. A SIX produz a óleos combustíveis, GLP, gás combustível, nafta, enxofre e insumos para pavimentação. 

A Caravana Unitária de Lutas saiu de São Paulo e avança para outros estados graças à política de desmanche da empresa que tem se tornado uma triste realidade. Conforme noticiado nos últimos dias, Bolsonaro, Paulo Guedes e Arthur Lira têm ventilado abertamente na imprensa intenção de privatizar a Petrobrás, alegando que não podem interferir na política de preços da empresa, portanto, vendê-la seria a melhor alternativa.

Enquanto não realizam totalmente esse feito, o governo continua destruindo o patrimônio nacional, entregando ativos a preços escandalosamente abaixo de seu valor real, ao mesmo tempo em que terceirizam setores antes exclusivos dos petroleiros próprios e sucateiam propositalmente unidades, a fim de desvalorizá-las, transformando os recursos que deveriam servir para manutenção dos equipamentos em dividendos para acionistas e bônus para gestores.

Por tudo isso, continuamos na luta, mobilizando a categoria e unindo forças para barrar a terceirização e privatização do sistema Petrobrás!

Juntos somos mais fortes!