Em Santos e Caraguatatuba, “Dia Nacional da Gasolina sem PPI” beneficia cerca de 700 motofretistas

Sem o PPI dá!


Motofretistas de aplicativo puderam nesta quinta-feira (25) abastecer pagando R$ 4,40 por litro de gasolina graças a uma iniciativa do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, a Federação Nacional dos Petroleiros e o Observatório Social da Petrobrás.

O “Dia Nacional da Gasolina sem PPI” beneficiou cerca de 700 trabalhadores, com seis mil litros de gasolina (três mil por cidade) nas cidades de Santos e Caraguatatuba que são bases do Sindipetro-LP. A ação também aconteceu em São José dos Campos e Angra dos Reis (RJ) e é mais uma iniciativa da campanha "Petrobrás para os brasileiros”, que chama a atenção da população para o PPI (Preço de Paridade de Importação), a política que o governo e a Petrobrás estabeleceram para definir os valores dos combustíveis.

O que está posto pelo governo Bolsonaro é uma ação deliberada de manutenção do Preço de Paridade de Importação (PPI) uma prática que aumenta os lucros dos importadores, ao mesmo tempo que penaliza a população, repassando os lucros de uma empresa de economia mista, cujo maior acionista é o povo brasileiro, para acionistas, em sua maioria estrangeiros, acenando agora como única solução para o problema a privatização da Petrobrás.

Sem o PPI o gás de cozinha poderia custar mais barato, o equivalente à metade do valor praticado hoje em várias regiões do país e os combustíveis poderiam onerar menos o bolso dos brasileiros. Diferente do que o governo vem alardeando e do que muita gente pensa, não são os impostos os principais responsáveis pelos preços abusivos dos combustíveis. Os reajustes sucessivos não estão relacionados ao aumento de tributos, mas sim com o PPI.

O PPI foi implementado em 2016 durante o governo de Michel Temer e  desde então a gasolina registrou um aumento real (considerando a inflação) de 39%, com reajuste nominal (sem ajuste da inflação) de 79%. O litro do diesel S-10 superou a inflação em 28,7% e teve crescimento nominal de 60%. Já o gás de cozinha foi o recordista, com uma alta real de 48% acima da inflação e 84% em termos nominais.

Para justificar os preços em dólar, beneficiando os importadores e gerando empregos no exterior em detrimento do desemprego no Brasil, a Petrobrás diminuiu a produção nas refinarias, calcula fretes até os portos brasileiros, incide contribuições alfandegarias e uma série de tributos para deixar os preços altos, seguindo a tendência internacional. Qualquer situação de conflito no exterior pode alterar esses valores, desde a queda de um drone em refinarias árabes, até um tornado no Japão. Os preços só não variam para baixo.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), se a Petrobrás abrisse mão do PPI, os impostos sobre os combustíveis cairiam até 52%, diminuindo ainda mais os gastos do brasileiro com combustíveis e consequentemente com os fretes, que refletem no preço da cesta básica, por exemplo. Segundo o Ibeps, a Petrobrás poderia aplicar o litro da gasolina a R$ 3,60 e o gás de cozinha a R$ 60, com lucro para a empresa e acionistas.

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista também promoveu no ano passado e no mês de setembro deste ano a campanha “Dia Nacional do Gás a Preço Justo” que garantiu gás de cozinha a preço acessível a famílias de baixa renda.

Campanha na mídia
Com a campanha do Preço Justo Já, os sindicatos conseguiram, mais uma vez, furar a bolha e denunciar nos principais portais de notícias do país e emissoras de TV a Política de Preço de Importação (PPI). Os portais de notícia CNN, VioMundo, TV Vanguarda, Band Cidade, Meon, Bandnews FM Rio, Jornal Bem Estar, Redenotícia Z, G1, Nova Imprensa, Morena News, Esquerda Online, Jornal Meia Hora, Broadcast, Rede Brasil Atual, O Dia, IG Economia, Yahoo Notícias, Veja, Jornal Extra, Band Vale, O Vale, REDE TV, TV Tribuna, O Cafezinho, Jornal Diário do Litoral e Thati Band TV.