Petroleiros da RPBC e UTE-EZR decidem por tabela de 12 horas e negociações prosseguem

149 a favor

Com casa cheia na sede, em Santos, os trabalhadores e trabalhadoras do turno da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e UTE-EZR, decidiram nesta quarta-feira (08) em disputa acirrada de votos, 149 a favor do turno de 12 horas, 141 votos a favor da jornada de 8 horas e 37 abstenções. Nesse total foram, incluídos os votos dos petroleiros do Grupo 3 que por estarem trabalhando no turno das 15h participaram do pleito na entrada na refinaria.

Após ampla discussão,  a força de trabalho deliberou por 12 horas por acreditar que esta seria a melhor opção após serem colocados os prós e contras das duas opções.

Após essa decisão a Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral alertou os presentes que o próximo passo desse embate é fazer pressão exigindo que a gerência da unidade retorne à mesa de negociação. Os gestores já oficiaram via Sindicato que não estão mais abertos a qualquer tipo de discussão. Tal conduta é praxe do alto escalão da Petrobrás e segue sendo perpetuado pelas gerências das unidades. A negativa em negociar é sempre a primeira conduta a ser aplicada independente se há possibilidade ou não de obter avanços via negocial.

A atual tabela de turno é prova cabal de que podemos sempre conquistar mais. A RPBC/UTE-EZR  é a única base do país que tem uma tabela reivindicada pela categoria, devidamente conquistada através da greve que ocorreu em fevereiro de 2020. Os  vinte dias de paralisação mostraram que o histórico de lutas está no ‘DNA’ dos trabalhadores e que estes não fogem do embate quando é necessário buscar por direitos. A refinaria é um patrimônio dos brasileiros e da classe operária deste país, pois guarda um pedaço importante da luta de classes e do desenvolvimento tecnológico nacional.

Na oportunidade, os dirigentes também salientaram que o tempo está à favor de todos já que existe um acordo ratificado até fevereiro de 2022 e isso gera um clima de tranquilidade para conseguir uma  minuta muito melhor  do que está sendo oferecida a  categoria e que contemple as mitigações como o efetivo no sobreaviso se assim for necessário. O que não pode acontecer é aceitar o pouco ou quase nada que a gestão da empresa vem tentando enfiar “goela abaixo”. O nosso lema é que podemos sempre  mais e o histórico dos trabalhadores da refinaria já provou isso.