Gerentes desrespeitam escala de folga dos embarcados, provocando prejuízos aos trabalhadores

Plataformas

O desrespeito à escala de trabalho (14x21), conquistado pelos petroleiros que embarcam nas plataformas da Baixada Santista (BS), beiram o autoritarismo e extrapolam a desfaçatez. A escala foi programada para que os petroleiros pudessem organizar suas vidas fora do trabalho. Parte dessa tarefa está também na compra de passagens aéreas com antecedência, que, aliás, graças ao bolsonarismo, com sua política de desmonte do país e de privilégios das elites, estão extremamente onerosas para o trabalhador. 

No entanto, surfando na onda do autoritarismo do governo Bolsonaro que também tomou o comando da Petrobrás, alguns gerentes insistem em não respeitar as conquistas da categoria, desrespeitando a escala 14x21 e ainda realizando trocas de tabelas e período de embarque unilateralmente, sem nem ao menos consultar os empregados. 

O absurdo é tamanho e a certeza de impunidade tão escancarada, que muitas vezes eles exigem a presença do trabalhador quase que imediatamente, “em cima do laço”, o que causa aos empregados um prejuízo financeiro e social de grandes proporções, pois muitos dos trabalhadores embarcados residem em regiões distintas e distantes do país em relação ao local de embarque. Vale ressaltar aqui a investida da Petrobrás pela troca de imóvel dos trabalhadores da BS plataformas, num ataque evidente a este sindicato e sua tamanha representatividade. 

O Sindipetro-LP  cobrará judicialmente os prejuízos que estes trabalhadores vem sofrendo. Conforme falado na “live”, realizada pelo Sindipetro-LP e FNP, com o advogado José Henrique Coelho, em agosto do ano passado (veja aqui), na qual abordamos, dentre outros temas, este assunto, ficou estabelecido que os trabalhadores devem juntar documentação (recibos de passagens, e-mails com alterações, escalas, estadia de hotéis etc) e enviarem para o e-mail juridico@sindipetrosantos.com.br, com o título “Ação do prejuízo acarretado em virtude de embarque e/ou desembarque fora da escala habitual de trabalho”. 

Não esqueçamos o lado que esses gestores escolheram ficar, contra a categoria e em prol de seus próprios interesses. Estamos com o trabalhador e lutaremos contra os desmandos dessa gestão desastrosa, com o apoio e união da categoria!