UN-BS promove lambança na P-69 deixando petroleiros sem descanso e com jornadas longas de trabalho

Erro atrás de erro

A desorganização UN-BS afetou em cheio os petroleiros da P-69 que não embarcaram e desembarcaram por problemas no voo. A lambança aconteceu no último dia 10 de maio. Todos os trabalhadores tiveram uma jornada extenuante, tanto de trabalho quanto pela espera do embarque, pela falta de resposta rápida da gestão da RH e provavelmente isso não irá refletir nos salários já que o RH da empresa, como é de praxe, não tem pagado pelo trabalho e tempo despendido.

O RH vai querer incluir o período no banco de horas para que a empresa não desembolse um centavo de pagamento. Essa prática se tornou costumeira no Sistema Petrobrás. No final do ano vão obrigar os trabalhadores a folgarem ou impedir o embarque, por um motivo corriqueiro,  para descontar na frequência. Tudo isso para encher os bolsos dos acionistas que tem recebido valores exorbitantes graças ao suor da força de trabalho.

Os embarcados da P-69 que ficaram sem rendição tiveram que trabalhar 16h sem ter opção de escolha e quem embarcou, após 7h aguardando o transporte aéreo, trabalharam de 17h até 02h. Um tremendo absurdo e exploração da mão de obra!

Entenda o caso
No dia 10 de maio o voo de troca dos trabalhadores da produção, marcado para as 07h30, foi cancelado logo cedo. Porém, resolveram que os petroleiros teriam que embarcar de qualquer maneira. Os gestores deram um “jeito” e programaram um voo para às 14h30, ou seja, um hiato de 7h de espera. Os petroleiros que estavam no aeroporto voltaram para o hotel, “pegando uma carona” com o ônibus que retornaria ao hotel. Ao chegarem ao local o responsável da UN-BS  ficou surpreso já que havia sido informado da transferência do voo,  mas não enviou transporte para o grupo que estava em Jacarepaguá.

No hotel, depois de muito tempo, foi autorizado apenas o fornecimento do almoço.  Os petroleiros tiveram que ficar no saguão até a hora do retorno ao aeroporto.

Na plataforma as equipes a bordo trabalharam 16h ininterruptas enquanto aguardavam a rendição. E quem estava aguardando o desembarque ficou sem dormir por causa pesagem que aconteceu 2 horas antes do voo e da incerteza do voo.

O nosso entendimento é que problemas com os voos sempre irão acontecer, já que dependem de fatores externos como clima e a mecânica dos helicópteros, o que não da para aceitar é que a gestão da UN-BS, depois de tantos anos, ainda não consiga ter soluções rápidas e eficazes para contornar a situação.