Resistência da categoria faz Petrobrás abrir negociações

Começou às 10 horas de hoje (5) uma reunião, no Rio de Janeiro, entre a Petrobrás e os sindicalistas que há quatro dias mantêm a greve dos petroleiros e petroleiras da Replan, em Campinas.Leia mais informações sobre o movimento:No terceiro dia de greve na Replan, hoje (4), cerca de 3.500 contratados da refinaria decidiram em assembleia, pela manhã, iniciar um movimento de solidariedade e não entraram para trabalhar. A paralisação é de apenas 24 horas e reforça a ação grevista dos petroleiros e petroleiras da Replan.Todo apoio e ampliação do movimento é essencial para os mais de 70% de trabalhadores em greve. Segundo informações dos petroleiros parados, a empresa não abriu nenhum canal de negociação e deve jogar duro contra a greve. O absurdo é tamanho que na noite de ontem (3) três helicópteros aterrisaram dentro da Replan levando trabalhadores para manter a refinaria em operação.A Petrobrás iniciou movimentações de pressão. Não está claro de que forma, mas os (petroleiros) que entraram estavam na greve e a deixaram por alguma razão", informa uma das lideranças petroleiras.O comando de greve, em resposta aos helicópteros, está barrando a entrada de qualquer caminhão, seja com alimentação ou material essencial, tipo o nitrogênio líquido. "Precisamos fazer com que o movimento se expanda (...) é importante os Sindipetros iniciarem uma grande movimentação".Dentro da Replan a situação parece não ser boa, segundo relatos. Como a categoria sabe, quando a tocha está com o fogo alto alguma operação instável está em curso. No caso, três tochas da Replan apresentam tal característica.Litoral PaulistaDepois do Grupo 2, o Sindipetro-LP atrasou a entrada da "zero hora" (Grupo 5) e hoje, às 7 horas, a do Grupo 4. A perspectiva é que os atrasos em solidariedade à greve da Replan continuem na "zero hora" (Grupo 1) e amanhã, às 15 horas, com o Grupo 3.O objetivo dos atrasos é esclarecer os fatos da Replan e deixar em alerta a categoria do Litoral Paulista, pois a Petrobrás joga duro contra os direitos dos petroleiros e petroleiras em todas as bases. "