Terceirizados do TEBAR resistem e continuam em greve

A greve dos terceirizados continua firme no TEBAR, em São Sebastião. Os 112 trabalhadores - 50 da Limpind e 62 da Manserv, empresas ligadas à área da Construção Civil - resistem e reivindicam reajuste salarial e o retorno de funcionários demitidos. Esse é o 12º dia de greve dos trabalhadores da Limpind, enquanto os terceirizados da Manserv passam pelo 7º dia de paralisação.Os diretores e representantes dos departamentos jurídicos do Sindicato dos Metalúrgicos de Santos e Região e do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil estiveram ontem, dia 28, em Campinas para acompanhar a negociação no Tribunal sobre as reivindicações e a continuidade da greve. Entretanto, a audiência foi adiada e ainda não há uma data definida. Até amanhã (dia 29), saberemos a nova data", diz o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Florêncio Rezende de Sá, o Sassá, entidade de classe a qual os trabalhadores da Manserv são associados.Sassá se diz otimista com as negociações a serem feitas no Tribunal. "Praticamente 100% dos trabalhadores aderiram à greve, o que aumenta as chances de conseguir o que foi reivindicado. Apenas três funcionários continuam trabalhando no terminal.", explica.Segundo o diretor do Sindipetro-LP, Douglas Alberto Braga, o apoio dado aos terceirizados é grande. "Além do Sindipetro, outros sindicatos da região sempre ligam para saber como os trabalhadores estão".O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos acredita que o Tribunal favorecerá a volta dos dois funcionários demitidos pela Manserv. A justificativa da terceirizada em mandar os dois trabalhadores embora é que eles "interferem junto a outros trabalhadores a não acatar as ordens da empresa".Limpind e terceirizados não chegam num acordoA Limpind (terceirizada que presta serviços de limpeza no TEBAR) vira as costas para as reivindicações dos trabalhadores.Dias antes de estourar a greve, a Limpind enviou uma carta aos funcionários. Nela, havia menção aos outros benefícios que os terceirizados teriam direito, como, por exemplo, as cestas básicas. Mas quando o assunto era o reajuste salarial de 8%, a empresa reiterou a posição de que não daria. "O conteúdo da carta não tinha respaldo, muito menos uma assinatura de algum representante da empresa", diz Júlio César Matias de Oliveira, trabalhador terceirizado da Limpind.Quando os trabalhadores entraram em greve (dia 17 de julho), nenhum representante da Limpind de São Sebastião apareceu para conversar. "O certo seria o engenheiro da empresa conversar com a gente, mas o que eles alegaram é que ninguém da sede local era autorizado a negociar com a gente", explica Oliveira. No dia 22 de julho, a gerência do TEBAR chamou um representante do Rio de Janeiro, a fim de intermediar as negociações. "Até o dia 23, quando formamos uma Assembleia, ele esteve com a gente. Foram horas de conversa sem resultado", relata."