Na madrugada de ontem, terça-feira, dia 21, um grupo armado, composto por cerca de 12 pessoas, invadiu o Terminal de Pilões e assaltou um caixa eletrônico do local. A notícia ganhou vulto nos principais veículos de comunicação da região, ainda mais que alguns petroleiros diretos e indiretos foram rendidos pelos assaltantes.Amarrados, tiveram bens pessoais roubados e correram um grande risco de vida.
O problema é que esta é a segunda ocorrência em menos de um mês. Na primeira tentativa os assaltantes não conseguiram roubar o caixa eletrônico. Agravando mais a situação, a Comissão de Segurança Interna do Terminal, que conta com a participação de integrantes da CIPA, havia alertado sobre a vulnerabilidade de Pilões à possíveis assaltos - salientando que a presença do caixa eletrônico acentuava os riscos.
A gerência não deu ouvidos e o assalto aconteceu pondo em risco os trabalhadores e a comunidade - um tiroteio no Terminal poderia gerar um acidente de grandes proporções, pois a área é tomada por tanques, válvulas, entre outros. A Petrobrás é uma empresa estratégica para o país e não pode ter em suas instalações uma segurança de "boate" - ressaltando que a culpa não é dos vigias terceirizados.
Ao contrário, eles são vitimas da ingerência que há tempos é apresentada no Terminal de Pilões (basta lembrar da goteira de urina).O Sindipetro-LP exige providências para que esta situação caótica se resolva. É inadimissível que a gerência do Terminal não tenha tomado nenhuma postura entre a tentativa de assalto e a consumação dele semanas depois. O episódio denuncia o baixo efetivo de seguranças, sendo que nenhum é petroleiro direto, além da falta de políticas preventivas, ou seja, câmeras de segurança, muros e não cercas - Pilões não é um sítio de criação de galinhas, mas sim um importante terminal da Petrobrás.
A direção do Sindipetro-LP espera também que os trabalhadores sejam ressarcidos de suas perdas pessoais durante o assalto. Sobretudo, não vai descansar enquanto a segurança do Terminal não for reforçada.