Sindicato exige pagamento de hora extra aos petroleiros de Mexilhão

Os Operadores e Técnicos de Manutenção do projeto da plataforma de Mexilhão, ainda fora de operação, não estão recebendo as horas extras - mesmo caso dos petroleiros da planta gás de Caraguatatuba. A Unidade de Negócios da Bacia de Santos (UN-BS), mesmo com a contagem das horas variando entre 30, 40 e 60 dias, ainda não tomou nenhuma atitude no sentido da regularização - para os trabalhadores de Caraguá o pagamento será efetuado no dia 25 de setembro.Segundo o Acordo Coletivo da nossa categoria e as próprias normas da companhia, o empregado tem o direito de escolher entre a folga e o recebimento das horas em dinheiro. Este problema revela o descaso com que a Petrobrás e as gerências respectivas vêm tratando o tema. Além disso, foi estabelecido que para os petroleiros do projeto Mexilhão, que estão no estaleiro de Niterói, deve-se trabalhar 1 hora a mais por dia, entre segunda e sexta-feira. Esta 1 hora diária excedente também não está sendo contada como hora extra.O Sindicato também identificou que há pressão, por parte da gerência, para que os dias em horas extras não sejam pagos e sim tirados como folgas. Não se trata de um ou outro caso isolado, mas sim do conjunto dos Operadores e dos Técnicos de Manutenção. Identificamos ainda outro tipo de ameaça sobre estes petroleiros: aqueles que optam pelas horas em dinheiro escutam da gerência, como contrapartida, que não está definido quem realmente seguirá neste projeto e é possível fazer mudanças, cortes etc".O Sindipetro-LP não aceita qualquer tipo de pressão, chantagem e perseguição feita sobre os petroleiros - que lutam por direitos legítimos.Tomaremos medidas cabíveis frente a este tipo de prática.Desde quando entraram na companhia, em 2007, estes novos petroleiros têm visto seus sonhos se transformarem em frustrações. Além das horas extras que estão sendo burladas, outros problemas afetam os Operadores e Técnicos de Manutenção da plataforma de Mexilhão. Após mais de 2 anos sendo treinados para operarem esta plataforma, uma parcela destes Operadores foi cortada do projeto. A justificativa dada pela gerência é que a plataforma reduziu seu grau de complexidade e passará para médio porte. Com isso, cerca de 20 Operadores não mais trabalharão na plataforma. São planos familiares, projetos de vidas que, da noite para o dia, estão sendo mudados.Em reunião com o RH, o Sindicato já cobrou explicações sobre estes problemas e as mudanças que estão sendo feitas no plataforma de Mexilhão, no entanto, até o momento não houve retorno. Orientamos os petroleiros da plataforma a procurarem o Sindicato para podermos pressionar o UN-BS a corrigir as horas extras e demais problemas desta unidade."