A Frente Nacional dos Petroleiros (FNP) iniciou hoje, dia 25, no Edise, sede da Petrobrás no Rio de Janeiro, as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2009-2010. Esta primeira reunião serviu para confirmar a pauta reivindicatória, enviada no dia 7 de agosto, e definir os marcos da negociação, que ocorrerá entre os dias 15 e 18 de setembro.Estiveram presentes representantes dos Sindipetros de São José dos Campos, Litoral Paulista, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Alagoas/Sergipe e Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá. A direção provisória da FNP, composta por dois dirigentes de cada sindicato, liderou o grupo.Representando o Sindipetro-LP, o coordenador-geral Ademir Gomes Parrela e os diretores Wilson Roberto Gomes e Cláudio André Garcia.Além de confirmar a pauta do ACT e definir as formas da negociação, a FNP levantou questões sobre Petros, anistia e punições. Mesmo a Petrobrás justificando que as punições não foram por conta da greve, ao contrário do que o presidente da empresa, Sérgio Gabrielli, disse em entrevista à edição deste mês da revista Caros Amigos, a Frente pediu o cancelamento imediato delas e os relatórios que as definiram.Sobre as formas de negociação, o reivindicado dá conta de todo conteúdo da carta de intenções apresentada junto com a pauta - aprovada em Assembleias da categoria. No encontro de hoje, a FNP reafirmou as cláusulas onde não foram apresentadas alterações, mesa única de negociação, a qual foi aprovada pela empresa só dependendo de uma resposta positiva da FUP, acordo único para todas as empresas do Sistema Petrobrás por um período de 12 meses, participação dos Recursos Humanos das subsidiárias nas negociações e liberação dos dirigentes sindicais, negada pela empresa.A FNP reivindicou também que as reuniões sejam transmitidas pela TV Corporativa, bem como a antecipação da data das negociações. Ambos pedidos foram negados pela empresa. A ideia da transmissão ao vivo era de dar transparência e colocar a categoria em contato direto com as discussões.Já a antecipação da data parte da avaliação de que é muito tarde, posto que as negociações terão início mais de 30 dias depois da apresentação da pauta reivindicatória. A empresa justificou que precisa de tempo para levantar todos os dados pedidos pela FNP - produtividade da empresa, movimentação de pessoal, promoção e AMS.Participarão dos quatro dias de negociações a direção provisória da FNP (Parrela e Wilson pelo Litoral Paulista) e as representações de cada um dos seis Sindipetros, além da Fenaspe (Federação Nacional dos Aposentados do Sistema Petrobrás).Amanhã e quinta-feira a FNP estará reunida na sede do Sindipetro-RJ para definir os próximos passos da campanha do ACT. Na sexta-feira, dia 28, ocorre o Dia Nacional Contra as Punições, em Macaé, organizado pela Frente.
