Atrasos de 1 hora acontecem na RPBC e Terminais Alemôa e São Sebastião

Amanhã, terça-feira, as bases da Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), incluindo o Sindipetro-LP, realizam atrasos de 1 hora contra as punições de sindicalistas e trabalhadores praticadas nas unidades da Petrobrás, descumprindo acordo da mesa de negociação da greve nacional unificada. O Dia Nacional Contra as Punições é um dos atos do calendário de lutas aprovado no 3º Congresso Nacional da FNP.No Litoral Paulista os atrasos acontecem na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC), Terminais Alemôa e São Sebastião (TEBAR) na entrada dos turnos e setor administrativo, a partir das 7 horas. Na RPBC serão quase 500 trabalhadores paralisados durante 1 hora.O objetivo dos atrasos é ir na raiz do problema: combater o fascista e autoritário Procedimento Geral de Regime de Trabalho e Disciplina Interna, adotado em todas as unidades da Petrobrás para legalizar" o arbítrio das punições e a ditadura dos gerentes. Na Revap (São José dos Campos) o tal código, com o nome de Regime de Trabalho e Regime de Consequências para os Trabalhadores, proíbe até a participação dos trabalhadores em movimentos políticos. As mobilizações do Sindicato não deixam de ser movimentações políticas.Depois da greve nacional unificada, em março deste ano, há registros de punições na Replan (Paulínia), que semanas antes havia realizado uma greve de sete dias, Bacia de Campos, Urucú (Amazonas), Refap (Rio Grande do Sul) e Fafen (Sergipe). São advertências, perseguições, desemplantes de regimes de trabalho, impedimento das atividades sindicais dentro das unidades e sindicalistas tomando faltas quando liberados para atividades de seu Sindipetro. As punições já passam de 100 em todo Sistema Petrobrás - fora as não registradas.A tática da empresa é de intimidação. Na compreensão da coordenação da FNP, as punições não podem ser toleradas porque o poder de mobilização da categoria é a única garantia de melhores salários, manutenção de direitos e defesa de um país mais justo e soberano. Tampouco procedimentos, códigos ou regimes impedem a livre expressão e manifestação de ideias, direitos constitucionais. Mas não é só em situações de movimento que as punições acontecem. O dia a dia de trabalho tem registrado tal arbitrariedade, como na RPBC (Cubatão), entre outras bases pelo país.A FNP decidiu também realizar no dia 28 de agosto, em Macaé, um Ato Nacional Contra as Punições. Para fortalecer a luta contra essa atitude covarde e antidemocrática da Petrobrás, a FUP está convocada a cerrar fileiras ao lado da Frente. É hora de unidade para defender os interesses da categoria. "