Chefe de operação da Alemoa põe em risco trabalhadores e comunidade

O caso é de mais um chefete que rasga o Código de Ética, dá uma banana para a SMS, leva à exaustão os trabalhadores e põe em risco o meio ambiente deixando carreiras de autoritarismo e trapalhadasOs trabalhadores do Terminal Alemoa (Transpetro), Petrobrás cedidos e terceirizados cruzaram os braços durante a manhã desta terça-feira (22). A razão é que o chefe da operação, com suas decisões arbitrárias, há alguns anos vem se achando o dono do Terminal. Desta vez inventou de reduzir o quadro mínimo da operação, que no terminal é conhecido como quadro de referência, aproveitando-se de seu cargo e cometendo assédio moral junto aos trabalhadores, esquecendo-se, inclusive dos princípios básicos de SMS que a Transpetro tanto norteia.Coisa ruim é coisa ruim e assim esse chefe da operação anda colocando em risco os trabalhadores, as instalações da empresa e a comunidade. Hoje podemos dizer que o quadro de operadores da Alemoa está com uma redução de quase 10 operadores, se comparado no período em que o píer de carregamento de navios era gerenciado pela CODESP.Com o crescimento da Petrobrás, acumulando a exportação de álcool, todas as manobras operacionais para carga e descarga de navios aumentaram, sobrecarregando o operador do Terminal. As conseqüências do aumento de trabalho e responsabilidades, somado a qualquer redução do número de pessoal, pode acarretar seríssimos riscos à saúde dos trabalhadores, acidentes de trabalho ou acidentes ambientais.Código de Ética?! Pra quem?As normas de SMS e o Código de Ética do Sistema Petrobrás até parecem que de nada servem. Quando o chefe da operação impôs sua vontade, ainda teve a audácia de desrespeitar a entidade sindical que representa os trabalhadores, dizendo que o sindicato não manda no Terminal. E de fato ele está certo, o Sindipetro-LP, representante legal dos petroleiros daquela base, não manda no Terminal, mas defende os direitos dos trabalhadores a qualquer preço, inclusive quando se refere a segurança dos trabalhadores e da comunidade da Baixada Santista.Sua prática vai contra o Código de Ética nos itens 2.5 (...) não praticar qualquer tipo de discriminação negativa com relação aos seus funcionários sindicalizados" e 6.1 "(...) conduzir seus negócios e atividades com responsabilidade social e ambiental (...)".Ambiência Organizacional na AlemoaOs trabalhadores do Terminal da Alemoa foram recentemente submetidos a avaliação da Ambiência de Trabalho. Mas o fato curioso é que ninguém sabe qual foi o resultado. Provavelmente porque querem esconder uma verdade, onde fica evidenciado que na Alemoa as coisas não andam bem. Considerado a Pior Ambiência da Transpetro no Brasil, o Terminal mostra aos poucos o motivo porque seus trabalhadores estão tão descontentes. Infelizmente, a gerência pode não ter percebido, mas acreditamos que medidas serão tomadas, pois um dos Terminais mais importantes do país não merece ter seus trabalhadores desmotivados.O Sistema Petrobras não merece ter sua imagem sujaNos Terminais é grande o risco de um acidente ambiental e suas consequências são as piores possíveis. O Terminal da Alemoa, instalado no estuário de Santos desde a década de 1970, pode, em caso de acidentes, depredar toda uma a área de mananciais, local onde os animais e peixes marinhos se reproduzem. Sem falar da grande quantidade de Gás Propano e GLP, produtos altamente inflamáveis submetidos a altíssimas pressões, armazenado em esferas e tanques refrigerados.Quem luta conquista!No começo da manifestação, o Sindicato exigiu uma reunião com o Gerente Geral (GG) do Terminal e com os responsáveis pela decisão absurda. O Sindipetro-LP foi atrás da verdade sobre os abusos e descobriu: a ordem de redução do quadro mínimo saiu daqui mesmo, não foi da diretoria executiva da Transpetro.Foi exigido junto ao GG que nas dobras de zero hora não seja mais obrigatório o retorno às 3 horas da madrugada na zero hora seguinte, por motivos de distúrbios de saúde e segurança no trajeto. O Sindicato deixou claro que esses abusos não passam nem passarão batidos e saiu com a palavra de que não haverá mais redução do quadro de referência, além do compromisso do não retorno a zero hora."