Trabalhadores continuam de braços cruzados na UTGCA

Na manhã desta sexta-feira (18/03), o Sindicato da Construção Civil de São José dos Campos, em assembleia realizada com o Sindipetro-LP, ouviram a categoria e, por unanimidade, decidiram permanecer de braços cruzados até que a empresa cumpra as demandas e reivindicações que motivaram a paralisação - iniciada na última quarta-feira (16/03).

Diante da postura irredutível e omissa da Petrobrás, O Sindipetro-LP e o Sindipetro-SJC, ainda na manhã desta sexta-feira (18/03), começaram a parar os grupos de turno de suas respectivas refinarias - RPBC e REVAP - para informar os trabalhadores sobre a luta dos petroleiros da UO-BS. Na Revap, o informe gerou um atraso de 2 horas. Na RPBC o mesmo recado será passado para todos os grupos de turno numa demonstração de unidade e solidariedade da categoria.

Além disso, os trabalhadores de Mexilhão intensificaram o movimento realizado na plataforma. Na última quinta-feira (17/03), os petroleiros embarcados atrasaram em duas horas a emissão de PTs (Permissão de Trabalho). Agora, a emissão de PTs está sendo atrasada em seis horas, das 6h às 13h. Neste período, só serão emitidas PTs de extrema urgência. Ou seja, que afetem diretamente a segurança da unidade off shore. Se não houver uma manifestação do RH, indicando a aprovação ou negociação dos pleitos da força de trabalho, os trabalhadores colocarão em votação a paralisação total de emissão de PT´s.

Até agora, a companhia se nega a negociar com o sindicato e vem adotando uma postura de descaso com os trabalhadores. A única manifestação por parte da empresa ao Sindicato veio na última quinta-feira (17/03), em tom de ameaça: uma liminar judicial cujo objetivo era tentar desmantelar a unidade do movimento. O Sindipetro-LP ressalta que se mantém aberto a negociações e que não irá esmorecer diante da intransigência patronal.