Desta vez a Petrobrás se superou! Em reunião marcada pela própria empresa, realizada hoje, não houve apresentação de nenhuma proposta. Além disso, o RH teve a pachorra de proibir a presença dos aposentados, demitidos, assessores dos sindicatos, o fotógrafo e o representante da FENASPE. Indiferente aos apelos da FNP colocando que os companheiros já haviam participado de reuniões anteriores, a empresa manteve a proibição, exceto para o representante da FENASPE e o fotógrafo.Apesar de não haver apresentação de proposta, foram discutidos diversos itens da nossa pauta. O ATS da Braspetro, item 9 parágrafo 3 e 4; o sucateamento da AMS; o fim da discriminação aos aposentados; e a justeza do pleito da periculosidade para valer (com a implantação da RMNR no PCAC 2007 entre 30 e 34% para a área não industrial e operacional, o mérito e o reconhecimento de se trabalhar em área perigosa foi perdido).A FNP exigiu o cancelamento da demissão da companheira Leninha, que foi mandada embora de forma injusta após mais uma tentativa de luta contra as condições de trabalho na empresa e o adoecimento de trabalhadores. A Petrobrás manteve sua posição arbitrária. Edilene Farias, Leninha é petroleira na Bahia e diretora da SMS da Aepetro Bahia.As punições dos companheiros que participaram da greve de 5 dias pela PLR, entre 23 e 27 de março, além dos companheiros da REPLAN que fizeram paralisação, foram mantidas pela empresa apesar da exigência da FNP ao cancelamento dessas punições. Repudiamos a punição dos advogados por se reunirem dentro do Edise para discutir temas da categoria.Diferente do que costuma fazer, tratar ao final da campanha, a Petrobrás resolveu tratar do desconto da greve dos dias 15 e 16 de outubro durante a reunião. A empresa se antecipa para amedrontar a categoria. Vamos discutir essa violência com a categoria nas assembleias e preparar uma resposta à altura e com mobilização.Por volta da 13h, a reunião foi suspensa para retorno à tarde para tentarmos construir uma ponte para a formulação de uma nova proposta, mesmo que o RH não tenha apresentado nenhuma.Durante a tarde, a Petrobrás, vergonhosamente, pediu enxugamento de pauta para a construção de uma acordo. A FNP reafirmou que a pauta havia sido construída em congresso e aprovada em assembleias, e nosso compromisso com a categoria não nos deixaria acordar nada diferente. Sem prejuízo da pauta, ponderamos alguns pontos, mas a palavra final é da categoria nas assembleias, independente do nosso indicativo.Proposta da FNP e PB (RH) para início de negociação1 - Reajuste total de 8% a 10% sobre o salario básico mais 23% reposição perdas salariais.2 - Melhoria na AMS - Comissão para inclusão de pais e inclusão dos aposentados da Transpetro. Atualização dos valores pagos aos profissionais de medicina.3 - Ensino nível superior - aos moldes do ensino médio e fundamental.4 - Dias parados da greve de março PLR, paralisações na atual campanha dos dias 15 e 16 de outubro, e greve de Campinas pelo extra-turno no máximo compensar ou cancelamento das punições , advertências, suspensões e do interdito proibitório no Sistema Petrobras.5 - PCAC: ATS da Braspetro, enquadramento dos marítimos, anuênio continuação da progressão acima de 30 anos de companhia, promoção automática de pleno para sênior.6 - ACT - acordo anual.7 - Anistia: Petrobras, Petroflex, Nitriflex, Petromisa e Interbras.8 - Dobradinha extra-turno.9 - Periculosidade para valer (incorporar o RMNR ao salários de todos e pagar a periculosidade a quem trabalha em area perigosa).10 - Níveis de 2004/5/6 para os aposentados.O representante do RH, Diego Hernandes, disse que não apresentava nenhuma proposta a FNP e também não apresentaria à FUP na segunda-feira, 16 de novembro. Foi marcada uma nova reunião para a próxima terça-feira, 17, às 9h, na Universidade Petrobrás, no 7º andar.Mais uma vez a Petrobrás primou o desrespeito com a categoria. Não podemos deixar barato!
