Analisadores de benzeno permanecem inoperantes na UGN

Na última quarta-feira, dia 11, o Sindipetro-LP realizou a reunião mensal com o RH da RPBC. Foram questionados muitos pontos de reclamações de petroleiros e trabalhadores da Petrobrás, além de problemas encontrados pelo sindicato.Toda a área da RPBC possui instalados aparelhos analisadores de benzeno, responsáveis por identificar o nível de partículas de benzeno na atmosfera. Ao encontrar altos índices, é soado um alarme que aciona o SMS e a Segurança Patrimonial da Petrobrás, que analisam o ar novamente e se a área estiver contaminada deve ser isolada, ou seja, nenhum trabalhador pode estar ali.Há mais de 60 dias esses analisadores, na UGN, foram desativados para serviço de manutenção. O prazo para religamento já terminou há mais de quinze dias. Os trabalhadores desta área estão sofrendo risco constante, já que não existe nenhuma forma de avaliação do nível de benzeno no ar.Em reunião com o RH da RPBC, o sindicato cobrou da Refinaria o religamento e que a nova gestão da CIPA fosse avisada da atual situação desse analisador de benzeno. A empresa contratada pela Petrobrás para a compra e a instalação desses analisadores não tem material para reposição, dificultando a manutenção. A situação continua a mesma e o RH da Refinaria ainda não se manifestou.Condições de trabalhoAs petroleiras da UCP2 são desrespeitas pela empresa e não contam com um vestiário feminino. Para usar o banheiro e colocar o uniforme, elas são obrigadas a se dirigir até outra área da Refinaria.A Norma Regulamentadora 24, que trata das condições sanitárias e de conforto, tem em seu 2º ponto o seguinte:24.2. Vestiários.24.2.1. Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade exija troca de roupas ou seja imposto o uso de uniforme ou guarda-pó, haverá local apropriado para vestiário dotado de armários individuais, observada a separação de sexos. (124.043-9 / I1)O Sindipetro-LP deixa claro que não aceita essa diferenciação entre os homens e as mulheres que trabalham na área. Ao questionar o RH, foi respondido que seria verificada a situação.Outros assuntos discutidosO Fome Zero foi criado para resolver o problema de troca de turnos, quando os trabalhadores passavam alguns minutos do seu horário de trabalho para comunicar o andamento do serviço ao petroleiro que estava entrando, algumas vezes o horário passava em até meia hora. Por isso, a Petrobrás passou a pagar um adicional nomeado de Fome Zero de meia hora diária de trabalho.Quando há necessidade de hora extra de trabalho, o pagamento deve ser feito separadamente dos 30 min. Do Fome Zero, já que este é constante.Os petroleiros da Refinaria estão tendo os 30 minutos do Fome Zero descontando da hora extra, por exemplo: o horário de saída é às 15h, mas serão feitas duas horas a mais de hora extra. O certo é ser recebido o valor exato de duas horas extras. Porém, o que está acontecendo é sendo pago o valor de uma hora e meia extra, entendendo a empresa que já paga meia hora com o Fome Zero.Isso é inadmissível. Uma coisa são os 30 min. do chamado Fome Zero, outra coisa são os pagamentos de horas extras! Na reunião com o RH da RPBC, o Sindicato questionou à empresa, que afirmou verificar a situação e ainda não deu resposta.Ainda no encontro, deixamos claro à empresa que exigimos a inserção de dois diretores do sindicato no grupo de trabalho sobre ergonomia que entrará em atividade em janeiro de 2010. Além disso, cobramos a divulgação dos trabalhos.Para a AMS, deve ser dada mais atenção aos trabalhadores com mais de 40 anos através de campanhas de divulgação como um dvd, sugestão do sindicato ao RH, além de melhorar o detalhamento do exame clínico.O quadro mínimo de um sistema operacional é algo recorrente na Refinaria. Tanto o sindicato, quanto os operadores, como a CIPA vêm cobrando o aumento do quadro mínimo para que haja maior segurança. Em meio à essa pressão, o RH da Refinaria informou que foi solicitado via DIP o aumento no numero de 6 para 8, no quadro mínimo da UCP2/UGN. Foi ainda solicitado inserção de 2 diretores sindicais no treinamento da nova UGN.