Petrobrás recusa proposta do TRT. Movimento permanece no Sindipetro-LP

Apesar do cenário ter sido diferente, o enredo foi o mesmo. A postura intransigente da UO-BS, regada a argumentações vazias e mentirosas na mesa redonda da DRT, em Santos, foi reproduzida  na audiência realizada nesta quinta (31/03), no Tribunal Regional do Trabalho, em São Paulo.

Durante a audiência, mais uma vez a UO-BS se recusou a apresentar uma proposta para a pauta de reivindicações, alegando que as negociações já estavam encaminhadas desde a mesa redonda do dia 22 de fevereiro.

Como se não bastasse este show de cinismo, demonstrando que sua intenção nunca foi dialogar, a empresa - apostando alto no enfraquecimento da greve - recusou a proposta de conciliação feita pela desembargadora Vice-Presidente Judicial, Sonia Maria Prince Franzini.

A proposta de conciliação, aceita pelo Sindicato e categoria a fim de dar um desfecho positivo para problemas que se arrastam há mais de um ano e meio, previa quatro medidas:

- Formação de uma Comissão composta por 3 (três) empregados eleitos pelos trabalhadores e igual número de membros pela Empresa (empregados ou não) para, no prazo de 15 (quinze) dias, concluir estudo sobre a adequação do P.R.E. - Plano de Respostas à Emergências elaborado pela PETROBRÁS, fixando critérios objetivos para sua observância e para o cumprimento das demais normas legais em vigor, que visem à segurança e preservação da integridade física e moral dos trabalhadores, bem como para a discussão dos itens constantes da Pauta de Reivindicações aprovada em assembleia;

- Suspensão do movimento paredista, mantendo-se apenas o "estado de greve";

- Garantia de emprego pelo prazo de 90 dias para todos os membros da categoria, nos termos do Precedente Normativo nº 36 desta Corte;

- Pagamento dos dias parados, sob forma de compensação

Movimento segue forte na base do LPDiante da negativa da empresa em avançar nas negociações, o movimento que já dura mais de 15 dias segue forte na UTGA e nas plataformas de Mexilhão e Merluza.

O TRT deu um prazo de cinco dias para que o Sindicato se manifeste sobre a defesa e documentos para que o Dissídio Coletivo de Greve, que terá como relator o desembargador Antero Arantes Martins, seja julgado.

Leia o Termo de Audiência na íntegra (clique aqui)

Veja abaixo declaração declaração do coordenador-geral do Sindipetro-LP, Ademir Gomes Parrela, sobre a audiência