Em ritmo de 1º de abril, UO-BS afirma que UTGCA apresenta condições seguras de operação

Parece ironia do destino e seria até engraçado se o que estivesse em jogo não fosse a segurança dos trabalhadores. Em pleno 1º de abril, Dia da Mentira, o Recursos Humanos da UO-BS enviou a toda força de trabalho uma nota afirmando que "sempre esteve disponível para entendimentos em mesa de negociação", uma piada de extremo mau gosto.

Menos de uma semana depois, não contente e ainda em ritmo de 1º de Abril, o RH novamente soltou uma de suas pérolas via comunicado na última segunda-feira (04/04) afirmando que "as instalações da UTGCA apresentam condições seguras de operação, cumprindo as NRs, as normas da Companhia e, em especial, o Manual de Segurança do E&P."

Ainda no comunicado, a empresa afirma que uma força-tarefa - convocada pelo Gerente Geral - foi realizada por uma equipe especializada e lotada em órgãos externos à UTGCA. Segundo o RH, a tal força-tarefa aconteceu "face às insistentes alegações do Sindipetro-LP de falta de segurança".

O que o RH não afirma é que as "insistentes alegações" do Sindicato são fruto de irregularidades encontradas pelos próprios trabalhadores da unidade há mais de um ano. Ou seja, as reivindicações não partiram de um Sindicato radical e alheio ao que acontece em sua base, mas da observação atenta e precisa da força de trabalho que diariamente convive com os riscos gerados pela negligência gerencial da unidade.

Os riscos presentes na unidade são tão grandes que nem mesmo o Gerente Geral está imune. No último sábado (02/04), a gerência de SMS colocou em risco a vida do GG e de todos os trabalhadores ao deslocar para o local de pouso da aeronave (responsável por transportá-lo até a UTGCA)  apenas três brigadistas, quando a norma PP-5EG-00009-B, anexo F, exige no mínimo seis componentes.

Embora não tenha vocação literária para tal, o RH da UO-BS está cada vez mais próximo de conquistar um lugar de destaque na literatura nacional. Nas prateleiras de ficção, claro.