A categoria aprovou na noite desta quarta-feira (06/04), em Assembleia Geral realizada na sede do Sindicato, em Santos, e na sub-sede, em São Sebastião, a manutenção do Estado de Greve e de Assembleia Permanente.
Durante a votação e discussão da reorganização do movimento, que teve a participação dos petroleiros embarcados nas plataformas de Merluza e Mexilhão por meio telefônico, foi decidido ainda o retorno às atividades, a partir de sexta-feira (08/06) com operação padrão na emissão de PTs (Permissão de Trabalho) nas três unidades - UTGCA, Mexilhão e Merluza.
O movimento de operação padrão será realizado até a data do julgamento do Dissídio Coletivo de Greve - ajuizado pelo Sindipetro-LP no último dia 28 de março.
Além das três decisões citadas acima, também foi aprovado o retorno imediato do movimento de greve, com amplitude nacional, em caso de punições praticadas por meio de demissões, suspensões, práticas de assédio moral, etc.
Luta continua!Sindicato e trabalhadores seguem firme na luta por melhores condições de trabalho e segurança e pelo reconhecimento de direitos garantidos pelas leis trabalhistas e pelo próprio Acordo Coletivo de Trabalho.
O desfecho da luta ainda depende da decisão da Justiça, mas o balanço já pode ser considerado positivo; vitorioso. Além de ser um recado bem claro à empresa de que a categoria não aceitará migalhas nas negociações do ACT deste ano, esta greve derruba a lógica perversa da UO-BS, na qual imperava a negligência e as constantes enrolações em mesas de negociação.
A paciência esgotou e os trabalhadores do Litoral Paulista não hesitarão em realizar novos movimentos para lutar por seus direitos. Mesmo que para isso seja necessário recorrer novamente à Justiça do Trabalho. Na luta pela vida e por condições justas de trabalho não há limites e nem obstáculos. Os vinte e dois dias de greve encampados por esses trabalhadores comprovam essa máxima.