FNP se reúne na sede do Sindipetro-LP e aponta prioridades de luta

A Federação Nacional dos Petroleiros se reuniu na última quinta-feira (07/04), na sede do Sindipetro-LP, em Santos, para traçar as prioridades de luta deste ano.

E a prioridade foi definida: construir uma nova direção no movimento sindical petroleiro, ganhando nas próximas eleições as bases da fup - entidade que vem ano a ano entregando direitos e traindo a categoria por meio de um processo irreversível de degeneração e atrelamento ao governo. Por isso, é preciso votar nas chapas de oposição à federação governista.

Entre os meses de abril e junho serão seis eleições, nos respectivos sindipetros: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Alagoas/Sergipe, Norte Fluminense e Unificado São Paulo. Em dezembro, será a vez de Duque de Caxias.

Greves nas bases da FNPAlém de debater as eleições sindicais, a FNP fez um balanço das greves realizadas nas bases do Sindipetro-LP, Sindipetro-SJC e Sindipetro AL/SE. Os dirigentes reforçaram a decisão, já aprovada em assembleia do Sindipetro-LP, de convocar um movimento grevista nacional em caso de punições aos trabalhadores que participaram do movimento. A FNP não admitirá qualquer tipo de penalização, seja através de demissões, suspensões, assédio moral, etc.

Suspensão das reuniões com a PetrobrásEstavam previstas ainda para o 1º semestre deste ano reuniões com o RH Corporativo da Petrobrás, no Edise, Rio de Janeiro. Por conta dos movimentos realizados pelos sindipetros da FNP, eleições e a própria data-base da categoria, que já está próxima, a FNP irá encaminhar ofício à empresa solicitando a suspensão das comissões. O objetivo é que essas negociações voltem a ser realizadas após o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho deste ano.

O Petróleo Tem Que Ser Nosso!Outro ponto debatido foi a V Plenária da campanha O Petróleo Tem Que Ser Nosso. Os dirigentes, por unanimidade, fecharam a posição de não participar desta plenária.

De forma intransigente e unilateral, a coordenação do evento construiu uma campanha antidemocrática, que censura o contraponto e estabelece de maneira autoritária a posição política daqueles que estão a frente da campanha. O poder de voz está restrito à direção da campanha.

Os vetos às participações de Ildo Sauer e Fernando Siqueira, que denunciam a política entreguista do governo, demonstram que maior parte das entidades que conduzem a campanha estão atreladas a este governo e à sua política entreguista.

Lutar - de fato - contra a privatização do petróleo brasileiro apenas será possível com uma campanha que defenda concretamente, e não apenas em tese, as reivindicações dos movimentos populares. Isso significa atacar a forma de distribuição dos royalties, o regime de partilha, o Fundo Social e a criação da Petrosal.

E, principalmente, defender nas ruas de todo país o resgate do monopólio estatal do petróleo e a Petrobrás 100% estatal. Não haverá soberania sem o fim dos leilões e a expropriação sem indenização de todas as companhias petroleiras que atuam no Brasil.