Petrolino percorreu as unidades do LP e não gostou do que viu. "Tá tudo errado"

RPBC

Tá mais fácil ir a péA RPBC parece que parou no tempo. É o que tá acontecendo com o transporte da rapaziada. Desde que voltaram os concursos, o número de petroleiros aumentou, mas a quantidade de ônibus permaneceu a mesma. Resultado: tem trabalhador que fica até duas horas dentro do ônibus pra chegar na refinaria, porque o número de ônibus não dá conta da quantidade de gente pra levar. Pra tentar encaixar todo mundo, tão lotando os ônibus e fazendo uns itinerários que duram mais tempo do que corrida de F1. É tanta volta que dá, que daqui a pouco vai ter peão indo a pé pro trabalho. Demorou pra resolver isso daí.

Lanche no vestiário?O RH garantiu que o pessoal da manutenção tinha todo o direito de comer o lanche da manhã na copa, mas na prática o que tá acontecendo não é isso. Tem supervisor intimidando a rapaziada, que pra não ter problema acaba se alimentando no vestiário. O Sindicato já denunciou isso daí e vai cobrar que esse absurdo acabe.

UN-BS

RetaliaçãoQue tá tendo uma fuga danada de engenheiro da Petrobrás pra iniciativa privada todo mundo sabe, afinal o salário nas outras empresas é bem maior. A novidade é que, em retaliação, a enfermeira decidiu punir um trabalhador que saiu da empresa pra ganhar três vezes mais em outra companhia. Como? Cobrando aviso prévio dele, coisa que a empresa nunca fez. Será que esse tipo de postura vai virar rotina?

MERLUZA

De mal a piorComo se não bastasse ter apenas seis computadores, lentos diga-se de passagem, pra 68 petroleiros embarcados, agora dois deles quebraram. Restam quatro. O que já tava ruim, conseguiu ficar ainda pior. Mas mais grave ainda é a empresa não dar logo treinamento pro pessoal fazer a análise da água potável da plataforma. Os kits pra análise até mandaram, mas treinar a rapaziada que é bom, nada. Ou seja, tão tomando água sem análise, sem saber a procedência.

MEXILHÃO

E continua aquela velha sacanagem de mandar trabalhador fazer curso e exame periódico em dia de folga. Até quando, heim? E a companheirada de Mexilhão tá indignada com a falta de reconhecimento dos chefetes. Na manhã do dia 19 de abril, terça-feira, foi dada partida à planta de gás, iniciando assim oficialmente a produção. Pra variar nem um obrigado à equipe. Já na base, a história foi outra. Fizeram festa, teve até brinde de espumante. Uma beleza. Vindo desta gerentada já era de se esperar. Mas agora eles se superaram com tanta indiferença à classe.  É rapaziada, se eles quiserem se enganar tudo bem, mas quem fez acontecer fomos nós!

PILÕES

A ambiência na manutenção de Pilões não tá nada boa e a empresa não toma providência. Fora isso, ainda falta enfermeira pra atender a rapaziada.

UTGCA

Mais uma pérola do PinóquioNão é segredo pra ninguém que o Pinóquio disse aos quatro ventos que iria pagar aos funcionários das terceirizadas fixas (transporte, segurança patrimonial, meio ambiente, etc), depois que a unidade entrasse em operação, os 30% de adicional de periculosidade. Todo garboso, até data deu: 9 de março. Só que mais uma vez, uma promessa não foi cumprida, entrando pra lista de pérolas do Pinóquio. Depois que a turma resolve fazer greve ainda dizem que foram pegos de surpresa.

Tá tudo uma belezaPelo andar da carruagem, o jeitinho de ser do RH da UO-BS tá fazendo escola na UTGCA. No ano passado, dia 20 de agosto, a assistente social da UTGCA fez uma reunião com as esposas dos petroleiros pra saber as demandas e deficiências da AMS. Pra provar que estava disposta a resolver todos os problemas, assumiu o compromisso de repetir essas reuniões a cada dois meses pra ver se os pedidos de melhoria estavam sendo atendidos. Já se passou quase um ano e cadê essas reuniões? Até agora nada! O Sindicato cobrou e a resposta da assistente social foi: Não existe demanda, não chega reclamação pra gente". Oras, o que mais tem é reclamação! Pelo jeito, o Pinóquio virou consultor da Petrobrás na arte de tentar enrolar a categoria.

Malandragem pra explorar o peão no exame periódicoNa UTGCA, a vontade de explorar peão é tão grande que a empresa adotou uma malandragem das grandes: forçar a rapaziada da operação a fazer o exame periódico, em clínicas particulares ali das redondezas, em dias de folga e sem pagar hora extra. Tá errado! E esse exame tem que fazer em dia de trabalho, com a empresa bancando a condução do camarada. E olha que isso também tá acontecendo nas plataformas (Mexilhão e Merluza).

Engordando a lista de desculpas esfarrapadasNo fim do ano passado, numa reunião de CIPA, a tal representante do SMS da UTGCA deu uma justificativa bem peculiar, pra não dizer preconceituosa, pra falta de calças e camisas de EPI na unidade. "Ah, a gente resolveu só fornecer macacão na unidade porque as camisas não cabem nos funcionários obesos. Eles não conseguem a camisa dentro calça". Ou seja, aquela conversinha fiada do RH de que "o uso exclusivo de macacão visa a segurança da força de trabalho" não passa, mais uma vez, de pura balela. É, gente, o que tá engordando é a lista de desculpas esfarrapadas da empresa.

Uniforme pra inglês verPor falar em vestimentas, depois de muita espera finalmente chegaram os uniformes. É, chegar até chegaram, o que não significa que a rapaziada vai poder usar. A enrolação na UTGCA é tão grande que até pra usar a roupa da empresa tá difícil. O caminhão chegou cheio de roupa, mas tá tudo guardado no almoxarifado sem poder usar. Enquanto não fizerem todo o cadastro e organizar o arquivo, sem chance. Já viu, né? Pra liberar esses uniformes vai demorar uma eternidade. Enquanto isso, acho que a gente pode ir de bermuda e regata. Afinal, teve gerente dizendo que macacão não é material de EPI."