Sindipetro-NF: enquanto chapa governista tem mais de 10 liberados, oposição é punida por fazer campanha

Apoiador da Chapa 2, Oposição Unificada, tem cinco dias de suspensão por participar da campanha de oposição à atual diretoria do sindicato. Essa medida, arbitrária, apenas demonstra o atrelamento da Chapa da situação com a empresa.
Afinal, o mesmo tratamento não é dado aos seus membros, que, além de usarem os diretores do sindicato liberados para fazer campanha, ainda têm a conivência da empresa para conseguir mais liberações. No total, são mais de 10 sem precisar trabalhar, sendo que alguns nem diretores do sindicato são. Enquanto isso, os membros da Chapa 2 dividem a campanha entre os horários vagos e o trabalho, antes e após o serviço nos setores administrativos e nos períodos em que não estão em turno ou embarcados. Mesmo assim, sofrem perseguições e são retaliados por isso.
Foi o que aconteceu com Rogério Peradelles, técnico de operação lotado na P-08, hoje trabalhando na base de Imbetiba. O petroleiro, apesar de não ser membro da Chapa 2, resolveu apoiar a oposição e, em seus horários vagos de trabalho, ajudar na divulgação de materiais, distribuir panfletos, entre outras atividades.
O que poderia ser visto como uma livre manifestação democrática, começou a incomodar a gerência e foi o suficiente para que Peradelles sofresse um chamado e, posteriormente, uma suspensão de cinco dias, válida a partir de ontem (18), quando foi assinada a Dip. A alegação oficial seria de que Peradelles não estaria realizando suas atividades. Mas, a verdade é que essas mesmas atividades têm sido uma das reivindicações diárias do trabalhador. Ele estaria em Imbetiba sem função definida, devido a uma longa história de denúncias às situações inseguras da empresa nos locais em que passou. Contraditoriamente, justo agora, em época de eleição do sindicato, isso se tornou um problema para a empresa.
A chapa 2 já solicitou liberação de forma igual para as duas chapas, mas a reivindicação não foi atendida pela Comissão Eleitoral. Agora, não vai se calar diante do assédio aos nossos apoiadores. Queremos condições igualitárias de campanha, todos devem ter o livre direito de manifestar suas posições. Chega de conivência da Chapa 1 com a empresa, o mesmo tratamento tem que ser dado a todos.
Peradelles: vida de assédio e luta em defesa do petroleiro
Não é a primeira vez que Peradelles recebe uma punição da empresa. Na verdade, embora pareça um caso isolado, a retaliação sofrida por ele - símbolo da relação amistosa entre empresa e chapa 1 - é o mais recente episódio de uma série de abusos cometidos pelos gerentes contra ele.
Abusos cometidos para jogar sob o tapete as inúmeras irregularidades que o petroleiro encontrou por onde passou. Lotado na P-08, na Bacia de Campos, Peradelles foi praticamente expulso da plataforma justamente por ter desempenhado sua função com rigor: ao constatar inúmeras falhas que colocavam em risco a vida dos companheiros embarcados, enviou um relatório com os problemas identificados ao gerente. Pouco tempo depois, dias antes de embarcar após seu período de folga, recebeu a informação que não embarcaria mais.
Transferido para a plataforma de Mexilhão, cuja planta entrou em operação há pouco tempo e foi uma das motivações da greve de 23 dias dos petroleiros do Sindipetro-LP, Peradelles não se intimidou diante da transferência realizada sob forma de cala-boca.
Novamente, constatou irregularidades que representavam riscos iminentes à segurança da plataforma. Os erros levantados foram mais uma vez levados aos superiores que responderam o relatório com uma nova punição velada.
Ao receber o relatório de Peradelles, o gerente-geral da UO-BS preferiu punir o trabalhador no lugar de cobrar soluções para inconformidades graves. Dias antes de embarcar para Mexilhão, cuja previsão de embarque era 19 de dezembro de 2010, Peradelles foi comunicado pela empresa que não iria mais integrar a equipe da plataforma.
Assédio moral
Desde então, Peradelles foi transferido para Imbetiba e até hoje encontra-se deslocado e sem função específica. Essa situação não é à toa. Com o objetivo de aprofundar as punições ao petroleiro, a empresa vem negando ferramentas que garantem as condições mínimas de trabalho.
Peradelles não passou por qualquer treinamento para se adaptar ao novo ambiente de trabalho, não possui computador e nem mesa própria. Como se não bastasse, sofre um processo permanente de assédio moral por não ter se submetido aos abusos e desvios dos chefes.
O fato é que esta situação, que nunca causou incômodo à empresa antes das eleições sindicais, se transformou num grande empecilho a partir da campanha realizada pela Chapa 2, que reivindica justamente o fim da relação perniciosa entre sindicato e empresa.
A atual direção do Sindipetro-NF e a cúpula da empresa estão alinhadas no mesmo objetivo: sufocar a luta dos trabalhadores e punir qualquer aqueles que se transformam em obstáculo.
A Chapa 2 não vai se calar diante do assédio ao trabalhador, apenas por ter em seu histórico a preocupação com a segurança e a vida dos petroleiros.
Fonte: assessorias de imprensa da Chapa 2 e Sindipetro-LP

Apoiador da Chapa 2, Oposição Unificada, tem cinco dias de suspensão por participar da campanha de oposição à atual diretoria do sindicato. Essa medida, arbitrária, apenas demonstra o atrelamento da Chapa da situação com a empresa.

Afinal, o mesmo tratamento não é dado aos seus membros, que, além de usarem os diretores do sindicato liberados para fazer campanha, ainda têm a conivência da empresa para conseguir mais liberações. No total, são mais de 10 sem precisar trabalhar, sendo que alguns nem diretores do sindicato são. Enquanto isso, os membros da Chapa 2 dividem a campanha entre os horários vagos e o trabalho, antes e após o serviço nos setores administrativos e nos períodos em que não estão em turno ou embarcados. Mesmo assim, sofrem perseguições e são retaliados por isso.

Foi o que aconteceu com Rogério Peradelles, técnico de operação lotado na P-48, hoje trabalhando na base de Imbetiba. O petroleiro, apesar de não ser membro da Chapa 2, resolveu apoiar a oposição e, em seus horários vagos de trabalho, ajudar na divulgação de materiais, distribuir panfletos, entre outras atividades.

O que poderia ser visto como uma livre manifestação democrática, começou a incomodar a gerência e foi o suficiente para que Peradelles sofresse um chamado e, posteriormente, uma suspensão de cinco dias, válida a partir de ontem (18), quando foi assinada a Dip. A alegação oficial seria de que Peradelles não estaria realizando suas atividades. Mas, a verdade é que essas mesmas atividades têm sido uma das reivindicações diárias do trabalhador. Ele estaria em Imbetiba sem função definida, devido a uma longa história de denúncias às situações inseguras da empresa nos locais em que passou. Contraditoriamente, justo agora, em época de eleição do sindicato, isso se tornou um problema para a empresa.

A chapa 2 já solicitou liberação de forma igual para as duas chapas, mas a reivindicação não foi atendida pela Comissão Eleitoral. Agora, não vai se calar diante do assédio aos nossos apoiadores. Queremos condições igualitárias de campanha, todos devem ter o livre direito de manifestar suas posições. Chega de conivência da Chapa 1 com a empresa, o mesmo tratamento tem que ser dado a todos.

Peradelles: vida de assédio e luta em defesa do petroleiro

Não é a primeira vez que Peradelles recebe uma punição da empresa. Na verdade, embora pareça um caso isolado, a retaliação sofrida por ele - símbolo da relação amistosa entre empresa e chapa 1 - é o mais recente episódio de uma série de abusos cometidos pelos gerentes contra ele.

Abusos cometidos para jogar sob o tapete as inúmeras irregularidades que o petroleiro encontrou por onde passou. Lotado na P-48, na Bacia de Campos, Peradelles foi praticamente expulso da plataforma justamente por ter desempenhado sua função com rigor: ao constatar inúmeras falhas que colocavam em risco a vida dos companheiros embarcados, enviou um relatório com os problemas identificados ao gerente. Pouco tempo depois, dias antes de embarcar após seu período de folga, recebeu a informação que não embarcaria mais.

Transferido para a plataforma de Mexilhão, cuja planta entrou em operação há pouco tempo e foi uma das motivações da greve de 23 dias dos petroleiros do Sindipetro-LP, Peradelles não se intimidou diante da transferência realizada sob forma de cala-boca.

Novamente, constatou irregularidades que representavam riscos iminentes à segurança da plataforma. Os erros levantados foram mais uma vez levados aos superiores que responderam o relatório com uma nova punição velada.

Ao receber o relatório de Peradelles, o gerente-geral da UO-BS preferiu punir o trabalhador no lugar de cobrar soluções para inconformidades graves. Dias antes de embarcar para Mexilhão, cuja previsão de embarque era 19 de dezembro de 2010, Peradelles foi comunicado pela empresa que não iria mais integrar a equipe da plataforma.

Assédio moral

Desde então, Peradelles foi transferido para Imbetiba e até hoje encontra-se deslocado e sem função específica. Essa situação não é à toa. Com o objetivo de aprofundar as punições ao petroleiro, a empresa vem negando ferramentas que garantem as condições mínimas de trabalho.

Peradelles não passou por qualquer treinamento para se adaptar ao novo ambiente de trabalho, não possui computador e nem mesa própria. Como se não bastasse, sofre um processo permanente de assédio moral por não ter se submetido aos abusos e desvios dos chefes.

O fato é que esta situação, que nunca causou incômodo à empresa antes das eleições sindicais, se transformou num grande empecilho a partir da campanha realizada pela Chapa 2, que reivindica justamente o fim da relação perniciosa entre sindicato e empresa.

A atual direção do Sindipetro-NF e a cúpula da empresa estão alinhadas no mesmo objetivo: sufocar a luta dos trabalhadores e punir qualquer aqueles que se transformam em obstáculo.

A Chapa 2 não vai se calar diante do assédio ao trabalhador, apenas por ter em seu histórico a preocupação com a segurança e a vida dos petroleiros.

Fonte: assessorias de imprensa da Chapa 2 e Sindipetro-LP