Na Utilidades da RPBC, operadores fazem mágica para driblar quadro enxuto

O crescimento da RPBC acontece em ritmo acelerado, mas o efetivo de empregados próprios há muito tempo estagnou. E se depender da empresa essa realidade não irá mudar. O setor de Utilidades é hoje uma das áreas com maior carência de mão de obra, com alguns setores em situação caótica. A solução depende de uma única medida: o aumento do quadro mínimo.

É o caso do Sisel (Sistema Elétrico), onde operam apenas dois petroleiros. Este fato por si só configura uma irregularidade por descumprir a NR-10, norma cujo texto veta a execução de serviço externo por um único profissional. Mas é isso o que vem ocorrendo. Enquanto um trabalhador opera o painel, o outro realiza o serviço de campo.

Com a construção em andamento de novas subestações, a tendência é que as condições de trabalho fiquem ainda mais inseguras, pois as atuais 100 telas passarão para 160 com o término das obras. Para garantir o mínimo de segurança, seriam necessários hoje três operadores e futuramente, no mínimo, quatro.

Na Estação de Tratamento de Água (ETA) a situação não é muito diferente. Na ETA, com a Estação de Tratamento de Condensado (ETC), que entrará em operação, apenas dois operadores por turno são responsáveis por operar 81 bombas e 94 tanques/vasos. Além disso, coletam de 10 a 33 amostragens por turno e realizam 26 ensaios de concentração de lodo por turno. Estes são apenas alguns dados, mais do que suficientes para comprovar que há uma sobrecarga de tarefas e que é urgente a ampliação do quadro mínimo, pois a previsão é de que em breve sejam criadas novas áreas. Com a entrada em operação da ETC, havia um compromisso do Setor que o quadro da ETA aumentaria de 2 para 3 operadores.

Já na área de Vapor é imperiosa a necessidade de manter o atual quadro mínimo, atualmente com quatro operadores. Isso porque mesmo após o apagamento das caldeiras há áreas fundamentais que seguem operando, como compressores, tratamento de água, BF1, BF2 e caldeira de CO. Além disso, com caldeiras hibernando é impossível partir uma caldeira com um número inferior a quatro trabalhadores.

O Sindipetro-LP, após reunião setorial com esses trabalhadores, já está cobrando da empresa, inclusive na Comissão de SMS do dia 13 de junho, no RJ, respostas e soluções para os problemas apresentados. O Sindicato exige que a empresa defina em conjunto com os trabalhadores:

- Quadro no vapor quando as caldeiras estiverem hibernando;- Quadro no vapor quando as caldeiras estiverem fora de operação;- Quadro da CCI quando as caldeiras estiverem paradas;- Quadro do Sisel quando for para CCI e tiverem com a novas SE em operação;- Quadro da ETA no futuro próximo (ETC operando) e após, com novas unidade