Sindipetro-LP se reúne com o RH da Transpetro para tratar sobre efetivo, alimentação e demandas dos terminais

Alemoa, Pilões e Tebar

No último dia 20 de abril, a diretoria do Sindipetro-LP se reuniu com o RH da Transpetro para tratar de pendências dos terminais da Alemoa, em Santos, Pilões, em Cubatão, e do Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião. 

Um dos pontos principais do encontro foi a ilegalidade na redução dos quadros de trabalhadores e postos de trabalho. A NR-20 enquadra os terminais, abrangidos pelo Litoral Paulista, como classe III. Sendo assim, é necessária a realização de um estudo para determinação de quadro mínimo com a participação do Sindicato. Os dirigentes do Sindipetro deixaram claro que não serão toleradas alterações unilaterais sem a luta jurídica e política por parte dos trabalhadores.

Em plena pandemia as unidades seguem sem qualquer planejamento de efetivo. A redução do quadro fere o item 20.9.3 da NR-20 que estabelece que “Na operação com inflamáveis e líquidos combustíveis, em instalações de processo contínuo de produção e de Classe III, o empregador deve dimensionar o efetivo de trabalhadores suficiente para a realização das tarefas operacionais com segurança”. Essa norma foi atualizada pela Portaria n 1.360 de 9 de dezembro de 2019 da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

Vale destacar que a redução do quadro do píer vai também contra o próprio procedimento interno da Transpetro em relação ao carregamento das barcaças. O item 5.4.15 da Norma Interna 2671 preconiza que “o operador do terminal designado para acompanhar a operação deve permanecer no píer durante todo o carregamento”.
Na ocasião, o Sindipetro reiterou também a omissão da empresa em assinar o contrato regional da tabela de turno do Tebar que foi aprovada, através de assembleia, no mês de fevereiro. 

Uma questão de suma importância, por estarmos em plena pandemia, que foi levantada é o fornecimento de máscaras de proteção facial. Desde junho do ano passado a empresa não entrega máscaras de proteção facial, e as que entregaram não são eficientes, como as recomendadas para uso, principalmente com as novas cepas do vírus, que precisam de carga viral muito menor para adoecer uma pessoa.

Os gestores da Transpetro informaram que a distribuição de máscaras PFF2 e três camadas irá depender do local e da atividade realizada pelas equipes. O Sindicato questionou a quantidade, a data e a forma de entrega dos EPIs, bem como, sobre qual será o tipo de máscaras três camadas fornecida, uma vez que a PFF2 já é conhecida por todos como a ideal para essa finalidade. A empresa informou que após a finalização de uma Nota Técnica, que provavelmente ficará pronta dentro de poucos dias, poderá responder as informações solicitadas.

Na reunião, a Transpetro ainda informou que já recebeu comunicado do RH da Petrobrás e vai participar das próximas reuniões EOR Petrobrás que são realizadas todas as quintas-feiras.

Alimentação
A questão da alimentação nos terminas da Transpetro merece um capítulo à parte. No Tebar, em São Sebastião, a implementação do VA/VR iria ocorrer no último dia 25 de março, mas até o momento o vale não chegou para todos os trabalhadores e trabalhadoras. Para piorar a situação os que foram fornecidos vieram sem saldo. A empresa informou que houve alguns problemas no processo de implementação, mas que eles representaram uma pequena parcela dos trabalhadores beneficiados, em torno de 15 pessoas. Além disso, os gestores ainda afirmaram que todos os cartões foram emitidos e enviados, e que aqueles que ainda não têm saldo serão carregados no próximo dia 25 de abril.

Aproveitando a oportunidade foi levantada a questão das dificuldades no Tebar para entrega de comida comprada através de delivery. A Transpetro pensa em usar a estrutura do antigo restaurante, que fica próximo à portaria, para que o trabalhador possa receber a entrega e lá mesmo fazer a refeição.

Por fim, foi discutida a estrutura das copas e demais soluções de problemas ou implementações de melhorias, conforme segue abaixo:
 

- Custo adicional de delivery
Os trabalhadores dos terminais da Alemoa e Pilões têm um custo adicional de delivery e para solucionar o problema, o Sindicato e a empresa irão buscar soluções que serão apresentadas  na próxima reunião que acontece na segunda quinzena de maio;
 

- Café na Alemoa
Na Alemoa não é servido cafezinho. A solução encontrada pela força de trabalho do turno é fazer um rateio e comprar os insumos. O gerente geral ficou de verificar a possibilidade de fornecer o material.
 

- Utensílios nas copas
O Sindicato apresentou à empresa alguns equipamentos e utensílios que precisam ser comprados para as copas das unidades Transpetro do Litoral Paulista. Além disso, citou a necessidade de ampliação das copas em todas salas de controle, a aquisição de armários por grupo para armazenamento de alimentos não perecíveis e a necessidade de melhoria na limpeza e higienização das salas de controle/copas. Diante dos apontamentos a empresa demonstrou ser favorável a implementação do que foi solicitado, mas pediu que as demandas fossem elencadas por base. Com esse detalhamento em mãos os gestores irão implementar grupos de trabalho. A apresentação desses GTs será realizada na próxima reunião que acontece na segunda quinzena de maio.
 

- Projeto de Copa na Alemoa
No Terminal Alemoa existe um projeto de copa, tanto para o Segas quanto para o Píer, criado por um funcionário, que atendeu o pedido da gerência. Por isso, a importância da participação do trabalhador na implantação do projeto das copas
Ao final o RH da Transpetro alegou que vai levar em consideração as informações apresentadas pelos dirigentes do Sindipetro-LP e se posicionará provavelmente na próxima reunião.