Mediação no TST: hierarquia da Petrobrás/PBIO continua desrespeitando os trabalhadores

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Em audiência na sexta-feira (04/06), mesmo após ampla argumentação por parte dos sindicatos, a hierarquia da Petrobrás e da Petrobrás Biocombustível continuou fechada a qualquer negociação

Os trabalhadores do escritório central da PBIO no Rio de Janeiro e os das usinas de biodiesel de Montes Claros, em Minas Gerais, e de Candeias, na Bahia, decidiram em assembleias suspender temporariamente a greve durante a tentativa de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho.

Na quarta-feira (02/06), durante a primeira audiência de conciliação com a ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, relatora do dissidio, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), os sindicatos, num gesto de muito boa vontade, aceitaram indicar aos trabalhadores em assembléia a suspensão da greve, em troca da Petrobrás vir pra mesa negociar. Os sindicatos ressaltaram que a concessão é pra que a empresa apresente alguma proposta condizente com o pleito dos trabalhadores, de permanecerem no Sistema Petrobrás.

As assembleias realizadas na quinta-feira (03/06) confirmaram a suspensão do movimento, após a hierarquia da Petrobrás concordar em participar das negociações na busca por uma solução que garanta a manutenção no Sistema Petrobrás dos empregados da Petrobrás Biocombustível que, mesmo sendo concursados, correm o risco de serem demitidos no processo de privatização.

Os trabalhadores da PBIO estavam em greve desde o dia 20 de maio, contra a privatização da subsidiária, exigindo a incorporação dos trabalhadores concursados pela Petrobrás.

Próximos passos
Na audiência de sexta foi decidido o seguinte: a Petrobrás tem até esta terça-feira (08/06) para responder se vai ou não apresentar uma proposta. Está pré-marcada uma audiência na quinta 10 de junho, dependendo, sobretudo, da resposta da Petrobrás.

O Sindipetro-RJ entende que a suspensão da greve é um gesto de boa vontade, mais uma das muitas demonstrações de que está aberto a negociar, enquanto a hierarquia da empresa se nega. Na assembléia do RJ foi mantido o estado de greve e aprovada retomada do movimento caso a direção da Petrobrás não apresente nenhuma proposta condizente com o pleito. O Sindipetro-RJ continua mantendo conversações com os Sindipetro-MG e BA pra que o movimento se mantenha da forma mais unificada possível.

Fonte: Sindipetro-RJ