Trabalhadores portuários do Tebar serão imunizados nesta quinta-feira (10)

Na luta contra a Covid-19

Os trabalhadores portuários do Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião, serão vacinados contra a Covid-19 nesta quinta-feira (10) no auditório da unidade. A vacinação será realizada pela Secretaria de Saúde do município de São Sebastião e será para petroleiros próprios e terceirizados. O Terminal tem aproximadamente 500 empregados trabalhando presencialmente.

Para contribuir com a vacinação dos trabalhadores, o Sindipetro-LP enviou ofício para a Secretaria Municipal de Saúde de São Sebastião e ratificou, na reunião do COMUS, a necessidade da inclusão da força de trabalho no calendário de vacinação da prefeitura. Além disso, os gestores da Transpetro também já estavam em contato com a Secretaria Municipal que acertaram os detalhes finais.

Para receber a dose os trabalhadores e trabalhadoras devem apresentar comprovante de residência e documento que contenha CPF. Além disso, devem realizar antecipadamente o cadastro no Portal Vacina Já SP (clique aqui).

A força de trabalho deve comparecer na parte externa do auditório nos horários discriminados abaixo e ficarem em fila respeitando o distanciamento físico para não haver aglomeração.

É importante destacar que não poderá ser vacinado o trabalhador que contraiu Covid-19 a menos de 30 dias a contar do início dos sintomas e também não será imunizado quem já tomou a primeira dose da vacina. O trabalhador que se recusar a ser vacinado também deve comparecer ao local de vacinação para assinar o Termo de Recusa da Secretaria de Saúde do município de São Sebastião.

Período da manhã:

8h15 - Operação (grupo zero hora);

8h30 - CS e SIE (próprios);

8h45 - Espiral;

9h00 - Mipe;

9h30 - Limpind;

10h00 - Provac;

10h30 - Gude Gude e CRE;

10h45 - Stefanini e Marino;

11h00 - Control e Laboratório.

Período da tarde:

13h30 - Empregados que estão em teletralho;

14h00 - Operação (demais grupos);

14h30 - SMS e Giaont;

14h45 - Vigilância;

15h00 - Motoristas;

15h15 - Demais empresas.

Outras bases do LP
Os dirigentes do Sindicato também enviaram oficio junto à Secretaria Municipal de Saúde de Santos para a Chefe do Departamento de Atenção Básica – DEAB, para a Secretaria Municipal de Saúde de Cubatão e também do Rio de Janeiro solicitando também a inclusão dos trabalhadores que atuam em terminais aquaviários da região, nos terminais, os quais recebem navios internacionais e para os trabalhadores offshore. Em Santos, o oficio foi prontamente respondido e os trabalhadores do Terminal da Alemoa já foram imunizados.

O documento foi pautado no estudo da Fiocruz que apontou que apenas entre os empregados próprios da Petrobrás, foram registrados 5895 trabalhadores com covid-19 ou 12,7% dos 46.416 funcionários, até 29 de março. Sendo assim, a incidência de casos de Covid-19 na estatal foi de12.700 casos por 100 mil pessoas, o que corresponde a mais de duas vezes a taxa registrada no país (5983,3 casos por 100 mil pessoas).

Além disso, demonstrou que os petroleiros prestam atividades essenciais e que a imunização irá ajudar a manter o funcionamento essencial das atividades rotineiras da sociedade e a manutenção da distribuição de combustíveis e gás de cozinha para todo o país, garantindo que abastecimento não pare e a preparação da alimentação diária continue garantida pelo abastecimento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), assim como combustível para ambulâncias e transporte público como um todo.

Estas atividades só são possíveis pelo trabalho ininterrupto dos profissionais especializados dos terminais aquaviários da Transpetro que atuam na área portuária dos Terminais, operando toda a descarga de navios de combustíveis e gás de cozinha. Para isso, a categoria está diretamente exposta à contaminação pelo coronavírus já que, para a descarga dos navios, se faz necessário realizar a conexão de mangotes dentro destes. Há ainda troca de documentos no navio.

Mesmo com adoção de todas as medidas de segurança possível, o risco de contaminação é altíssimo, já que no interior das embarcações os tripulantes não usam máscaras no seu dia a dia. Outro ponto de atenção é que em sua a maioria as tripulações dos navios são compostas por estrangeiros (em especial asiáticos de origem indiana e filipina), com troca periódica de tripulantes.

Já os trabalhadores dos navios plataforma têm passado por vários surtos já denunciados e moram em diversos estados do país, podendo espalhar várias variantes do coronavirus rapidamente por contaminação a bordo da plataforma ou na volta para suas cidades.

Por esse motivo, o Sindicato também solicitou inserir os trabalhadores próprios e prestadores de serviço da Transpetro e Petrobrás que trabalham em atividades presenciais nos terminais e plataformas no plano de vacinação junto aos portuários no PLANO NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19. Tal medida é essencial para a continuidade segura dessa atividade vital para todo o Brasil realizada por esses trabalhadores.

O Sindipetro-LP defende a imunização dos embarcados por entender que isso é um serviço de utilidade pública já que os trabalhadores do Sistema Petrobrás das áreas operacionais podem promover uma onda de contaminação e propagação da doença. O Sindicato aguarda resposta da Prefeitura do Rio de Janeiro.