A nefasta política de preços dos combustíveis do governo Bolsonaro

Aumentos

No início do mês de julho, a gasolina, o diesel e o gás de cozinha tiveram novo aumento de preços. Este foi o oitavo aumento dos combustíveis anunciado este ano pela direção da Petrobrás, sob a gestão Bolsonaro.

O valor do diesel subiu 6,3% e da gasolina 3,7%. Este é o primeiro reajuste praticado na gestão de Joaquim Silva e Luna.

Os preços médios de venda de gasolina e diesel da Petrobrás para as distribuidoras passam a ser de R$ 2,69 e R$ 2,81 por litro, o que significa reajustes médios de R$ 0,16 (6,3%) e R$ 0,10 por litro (3,7%), respectivamente.

Com mais esse reajuste, a gasolina e o diesel já acumulam reajustes nas refinarias de 46% e 40%, respectivamente, desde janeiro. Já o gás de cozinha sofreu seis reajustes consecutivos que, juntos, acumulam uma alta de 38%, só este ano.

Os percentuais são absurdos e estão muito acima da inflação acumulada do período, que deve ficar em torno de 4% nos primeiros seis meses do ano, segundo projeções do mercado (de janeiro a maio, o IPCA acumulado é de 3,22%).

O resultado disso é a penalização da população que já atravessa uma das piores crises econômicas da história. Principalmente as famílias mais pobres.

Chega de penalizar a população! É preciso reforçar a luta contra a privatização e a alta dos combustíveis.

Como a alta dos combustíveis impacta a vida dos brasileiros

Segundo o Sindicato dos Condutores de Veículos que Utilizam Aplicativos do Estado de Minas Gerais (Sicovapp), 50% dos profissionais cadastrados deixaram de rodar com regularidade na cidade.

O motivo: as altas consecutivas dos combustíveis, com a gasolina acima de R$ 6 na região, somados aos gastos com manutenção e a falta de reajustes das corridas reduzem cada vez mais os rendimentos.

Simone Almeida, presidente do Sicovapp, pontua que a reclamação dos usuários sobre as dificuldades em entrar um veículo disponível é constante.

No início do ano passado, Almeida lembrou que para faturar R$ 300, era necessário rodar pelo menos seis horas – hoje, esse prazo supera 12 horas.

Em outras palavras, com a alta dos combustíveis, compensa cada vez menos trabalhar com carro.

O mesmo pode se dizer dos caminhoneiros, que dependem do diesel para trabalhar.

Greve dos caminhoneiros               
O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) convocou caminhoneiros para uma paralisação no próximo dia 25 de julho, Dia de São Cristovão, padroeiro dos caminhoneiros.

Por meio de nota, o CNTRC diz que os reajustes nos preços dos combustíveis promovidos pelo governo Bolsonaro não têm explicações adequadas e que ferem determinações do Código de Defesa do Consumidor.

Preço Justo, já!

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) apoia a greve dos caminhoneiros e acredita ser possível baixar o valor dos combustíveis e praticar um preço justo.

O Observatório Social da Petrobrás estudou a fundo a composição de preços dos combustíveis e chegou à conclusão de que é viável vender a gasolina a R$ 3,60, o diesel a R$ 2,90 e o botijão de gás a R$ 60. Leia mais em: A prática do “Preço justo” prejudicaria a Petrobrás?

E qual é a mágica para isso? Nenhuma! É só acabar com o PPI (Preço de Paridade de Importação), a política adotada desde 2016 pela gestão da Petrobrás, que precifica os combustíveis de acordo com as variações do dólar e do petróleo internacional.

Pressão para acabar com a política de preços dos combustíveis

Por causa dos sucessivos aumentos dos combustíveis praticados pelo governo Bolsonaro, o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas – CNTRC, elaborou um questionário para que os brasileiros e caminhoneiros, especificamente, respondam sobre a política de preços praticada na Petrobrás e a possibilidade de uma grande greve dos caminhoneiros para pressionar o governo a mudar política atual praticada. Vai lá você também e diga o que acha. Sua opinião é muito importante!

A Petrobrás é dos brasileiros! Preço Justo, já!

Fonte: FNP