Negligência nas plataformas incluem falta de suporte médico, medicamentos e atraso nos resultados dos exames

Covid

A negligência por parte da gestão da UO-BS e da Petrobrás frente aos casos de Covid-19 nas plataformas está a cada dia pior. Um fato recorrente é a omissão no suporte aos trabalhadores contaminados e a falta de transparência na divulgação dos resultados positivos da doença.

A conduta tem como principal objetivo mascarar que existe um surto nas unidades offshore e manter a produção a todo e qualquer custo.

A denúncia mais recente é a falta de atendimento médico do setor de saúde da Petrobrás e fornecimento de medicamentos no confinamento do hotel. A empresa não oferece não teve suporte nenhum, e tem trabalhador fazendo consulta por teleconferência por iniciativa própria e o contato que disponibilizam para compra dos medicamentos prescritos não atende aos domingos. Os petroleiros agora são obrigados a escolher o dia que vai ficar doente para poder ter acesso ao tratamento indicado pelo médico. Isso significa que os embarcados estão jogados a própria sorte.

A situação é grave e está na hora de alguns gestores serem responsabilizados, pois, talvez, somente assim, o lucro não será mais importante do que preservar as vidas dos pais e mães de família que estão, literalmente, dando a vida pela empresa. A saúde e segurança do trabalhador são peça chave para qualquer empresa.

Os dirigentes têm cobrado exaustivamente em mesa de negociação um protocolo de desembarque e acompanhamento das pessoas das plataformas, a disponibilização de mais um sindico para atender a força de trabalho a qualquer dia e horário e maior suporte nos hotéis. A matemática é simples. Se um hotel está designado para receber os casos positivos ou os que estão sob suspeita o mínimo que o local deve fornecer é um suporte mais dedicado a solução de problemas os e o cuidados para ter uma resposta rápida às demandas dos trabalhadores confinados para o caso de desenvolverem uma forma mais grave da doença. Além disso, os representantes do Sindipetro também cobram da empresa a adoção de medidas que impeçam a disseminação do coronavírus nas plataformas. Nessa altura da pandemia, alguma medida concreta e efetiva já deveria ter sido tomada e o  Sindicato tem ainda que enfrentar e questionar os representantes da EOR de um problema que se arrasta há dois anos.

Lembramos aos trabalhadores que a denúncia desse e outros casos são importantes para que o sindicato possa agir da maneira mais rápida possível, evitando assim que a ingerência da empresa atropele os direitos e que coloque a vida dos trabalhadores em risco.

Como é de costume, a diretoria está no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, acompanhando o embarque dos trabalhadores das plataformas e no local pode ser contatada. Nessa semana não haverá plantão por conta da greve na RPBC e UTE-EZR, mas os contatos dos diretores (clique aqui) estão abertos a denúncias.

CAT

O Sindipetro-LP reforça a necessidade de abertura de CAT e solicita que os trabalhadores embarcados que foram infectados pelo vírus procurem o sindicato para registrar o ocorrido.

Para isso, o trabalhador que pegou covid-19 em qualquer período, desde o início da pandemia, deve baixar o formulário em anexo (clique aqui), preencher com seus dados, assinar e enviar para o sindicato, juntamente com o(s) resultado(s) do(s) exame(s) que identificou ou diagnosticou a doença, para o e-mail aberturadecat@sindipetrosantos.com.br.

De posse desses documentos e informações, o Departamento de Saúde do sindicato, por meio de nosso médico do trabalho, irá analisar se a contaminação teve relação com o trabalho e se constatada a relação, abrirá a CAT.