Sindipetro Litoral Paulista e Ministério Público do Trabalho denunciam UTGCA por redução do efetivo injustificada

Não à precarização do trabalho!

Após meses tentando negociar com a Petrobrás a parada de manutenção da UTGCA, que no ano passado foi suspensa devido a pandemia por coronavírus e pelas condições impostas pela empresa para que a parada acontecesse,  o Sindipetro-LP irá agora, juntamente com o Ministério Público, entrar com ação  civil pública, denunciar a empresa pela redução do efetivo da unidade.

Assim como tentou na RPBC e UTE Euzébio Rocha no ano passado e neste, a atual gestão da Petrobrás resolveu apostar na redução de direitos dos trabalhadores durante a pandemia, impondo um THM administrativo (200 horas) para o pessoal do turno que trabalharia na parada, tirando de cara 32 horas de cada trabalhador da parada de manutenção, que nunca veriam um único centavo pelas horas perdidas.

Para o sindicato e categoria, que votou em assembleias realizadas em julho de 2021, a parada deveria ser adiada até que todos os trabalhadores fossem 100% imunizados com a vacinação contra a covid-19, que naquele momento estava engatinhando devido a falta de vacina disponível. 

Durante a mediação feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) entre a empresa e sindicato, conseguimos barrar a parada pelos dois motivos acima, no entanto, a diminuição do efetivo foi um ponto que não avançamos. A empresa alega que não havia baixo efetivo e o sindicato mostrou que a mão de obra estava sendo reduzida.

Além do THM e da pandemia, a gerência da unidade pretendia realizar a parada de manutenção quando boa parte dos trabalhadores estava afastada ou realizando atividades em home-office, o que geraria ainda mais sobrecarga aos trabalhadores que já estavam no limite da estafa, pela falta de mão de obra na unidade. 

Diante desse impasse, juntamente com o MPT, chegamos à conclusão de que não há o que discutir com gestores que estão comprometidos em economizar com a segurança e saúde dos trabalhadores em troca de gordos abonos, que fatalmente recebem por gerar tamanha economia que vira lucro nas mãos dos sugadores do suor alheio. Por isso, sindicato e MPT estão entrando com a ação civil pública, denunciando a gestão da UTGCA de redução do efetivo não justificada, sem que nenhum avanço tecnológico ou estudo corroborasse para essa solução.

Estamos na luta, defendendo a saúde e segurança do trabalhador petroleiro!