Escassez e descaso no setor de saúde das plataformas coloca vida dos trabalhadores offshore em risco

Triste realidade

Enquanto a Petrobrás bate recordes de produção e distribui cifras milionárias a seus acionistas, que nada produzem, mas que vivem da especulação do mercado e da ganância desmedida da exploração do trabalho, o descaso e escassez a bordo das plataformas da Petrobrás, abrangidas pelo Sindipetro-LP, só piora. A realidade dos trabalhadores das unidades offshore chega a ser degradante.

Os terceirizados são os que mais sofrem já que a atual gestão da empresa assina contratos que além de remuneram pessimamente contam, muitas vezes, com a escassez de materiais e insumos, que por muitas vezes, contabilizam meses para serem adquiridos. Essa negligência vai desde equipamentos a medicamentos.

O mais triste é que nem a área da saúde e segurança escapa dessa dura realidade. O Sindicato tem recebido denúncias sobre falta de medicamentos para atendimento a bordo. Essa situação não só compromete o atendimento dos pacientes, mas também deixa os profissionais de saúde vulneráveis e de “mãos atadas” por não poder prestar socorro de maneira adequada.

O problema fica ainda pior já que esses profissionais ficam expostos ao denunciar a falta de medicamentos e materiais básicos para atendimentos de urgência e emergências. Não é segredo para ninguém que no Sistema Petrobrás o “bom cabrito não berra” mesmo que isso implique em colocar vidas em risco. A política predatória da atual gestão incute na “cabeça” força de trabalho essa conduta com o simples objetivo de ignorar qualquer problema e assim seguir lucrando e enchendo o bolso dos acionistas.

Além disso, não pode deixar de ser citado o sacrifício desses profissionais de saúde que laboram sozinhos em suas “ilhas de ferro” dia e noite. A diretoria do Sindipetro-LP já exigiu inúmeras vezes, em mesa de negociação, o aumento do quadro de trabalhadores, o ideal seria um em cada turno de 12h, mas a chefia da UN-BS segue mantendo o setor enxuto.

A diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista vai denunciar essa prática aos órgãos competentes já que é de extrema gravidade e não só coloca em risco a saúde, mas a vida dos trabalhadores que produzem a riqueza que hoje a Petrobrás distribui aos acionistas. Além disso, reforça também que a força de trabalho denuncie qualquer irregularidade que aconteça nas unidades de mar através do e-mail imprensa.sindipetrolp@gmail.com ou que entre em contato com um dos dirigentes (clique aqui).