Petroleiros do Litoral Paulista participam de ato nacional contra a retirada de direitos, privatização da Petrobrás e pelo ACT

Agora é luta!

Petroleiros do Litoral Paulista protagonizaram mobilizações, na manhã desta quarta-feira (02), pelo Acordo Coletivo da categoria e em defesa da Petrobrás. Os protestos são parte do ato nacional unificado contra a privatização da empresa e foram marcados na data em que as duas federações entregam as pautas reivindicatórias. As paralisações ocorreram na RPBC e UTE-EZR, em Cubatão, no Tebar, em São Sebastião, e na UTGCA, em Caraguatatuba, e no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, por onde embarcam os petroleiros das plataformas. Os atos tiveram início às 7h. No Edisa Valongo, em Santos, foi feita panfletagem no horário de almoço.

O Plano de Negócios e Gestão promove o desmonte da Petrobrás, avançando em sua privatização, e buscando incessantemente, ano após ano, a retirada de direitos históricos da categoria, com um mesmo objetivo: reduzir custos sem afetar os interesses do mercado e dos acionistas. É esta política, que se volta contra a perspectiva de uma Petrobrás 100% estatal a serviço da soberania do país, que abre ainda mais espaço para a privatização. Afora isso, em mais uma ofensiva à Petrobrás, o governo iniciou os estudos para a desestatização da maior empresa brasileira. O presidente da República declarou que pretende “fatiar” a petrolífera para a venda. Na última segunda-feira (30) o Ministério de Minas e Energia formalizou ao Ministério da Economia o pedido de inclusão da empresa no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para preparar uma futura privatização.

A indignação da categoria se traduziu em luta que levou centenas de petroleiros e petroleiras, ativos e aposentados, a frente do Edifício Senado, no Rio de Janeiro, para protestar contra tantos ataques.  A categoria busca, dentre vários pontos, o retorno do custeio da AMS pela proporção 90 x 10, sendo 90% custeado pela companhia e 10% pelos petroleiros, retorno da AMS e reposição da inflação real do período, sendo inflação pelo maior índice 2021/2022 + IPCA 2020 (2,94%) não concedido e mais diferença referente ao IPCA 2019 (1,03%) + 5% de produtividade = inflação do período 2021/2022 + 9,20%.

Atos nas bases da FNP
Os petroleiros das bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) também amanhecerem mobilizados. A força de trabalho vem passando por um momento crítico. Os petroleiros e petroleiras sofrem com os sucessivos ataques aos direitos obtidos por anos de luta e com a possível perda dos empregos frente à iminente privatização do Sistema.

A mobilização dos trabalhadores de AL/SE aconteceu na Unidade de Operações de Exploração de Sergipe e Alagoas – UO/SEAL e em Carmópolis. Na base do Sindipetro - PA/AM/MA/AP foi realizada panfletagem na Sede da UO-AM, em Manaus, e EDIMAN, . Os petroleiros de São José dos Campos, fizeram intervenção na Refinaria Henrique Laje (Revap). Os dirigentes do Sindipetro-RJ realizaram atos no Terminal da Baia de Guanabara (TABG), na Ilha do Governador. O Sindipetro-Caxias realizou protesto na Refinaria Duque de Caxias (Reduc).

Bases da FUP
Segundo a federação, unidades do Sistema Petrobrás em 9 estados do país estão com mobilizações, cortes de turno nas áreas operacionais e grande participação também dos trabalhadores do regime administrativo. A participação dos petroleiros no ato nacional teve início às 7h e abrangeu as seguintes unidades: Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas, Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (LUBNOR), no Ceará/Piauí, Transpetro Suape, Pernambuco/Paraíba, RLAM e Taquipe, na Bahia, UTGC Linhares, no Espírito Santo, no Heliporto Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes, na Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Minas Gerais, Refinaria de Paulínia (REPLAN), em Paulínia, e na Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul. 

Defendemos um Brasil e a Petrobrás para o povo brasileiro!