Gestão da RPBC faz "vista grossa" com trabalhadores contactantes e que apresentaram sintomas gripais

Problemas

O Brasil voltou a bater recorde de casos de Covid-19. Nesta terça-feira (08) foram confirmados mais de 80 mil casos em todo o país desse o final do mês de fevereiro. Os dados são de um conglomerado de veículos de comunicação que coletam informações nas secretarias de Saúde, e divulgam em conjunto, números sobre mortes e pessoas contaminadas, em função das restrições impostas pelo Ministério da Saúde. O número de internações diárias já representa aumento de mais de 230% em relação a abril deste ano.

Na contramão disso a gestão da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, tem feito vista grossa para problemas relacionados à doença. A gestão tem mantido nas instalações da unidade os trabalhadores que tiveram contato com parentes próximos infectados e também quem está com sintomas gripais. Nesta semana, a diretoria do Sindicato recebeu a denúncia de que pelo menos três operadores estavam trabalhando nessas condições.

A quarta onda de Covid-19 já é uma realidade e a informação não pode passar despercebida. O aumento de casos de doenças respiratórias na região Sul e Sudeste é fruto da queda das temperaturas e da tendência de fechar os ambientes para maior conforto térmico. Diante disso, a gerência da unidade deveria adotar os protocolos anteriores e afastar preventivamente os contactantes e doentes com gripe até que apresentem testes negativos.

O que não pode ocorrer é que a gestão siga a portaria do Ministério do Trabalho Previdência e Saúde endossada pela política negacionista do Bolsonaro que dita “ Não é obrigatório o afastamento das atividades laborais presenciais dos trabalhadores considerados contatantes próximos de casos confirmados de Covid-19 que estejam com vacinação completa, de acordo com o esquema vacinal recomendado pelo Ministério da Saúde”.

A propagação do coronavírus é uma realidade no Sistema Petrobrás e a vacinação não impede que novos casos surjam, mas sim que os efeitos da doença não sejam tão nocivos. Haja vista, os altos índices de contaminação nas unidades e os surtos nas plataformas.