Culpa do PPI
A Petrobras acaba de anunciar o reajuste dos preços da gasolina e do diesel nesta manhã de sexta-feira (17). O aumento é na venda para as distribuidoras. O repasse do preço nas bombas vai depender das distribuidoras.
A gasolina vai subir 5,2%, de R$ 3,86 para R$ 4.06, enquanto o diesel terá um um aumento mais significativo, de R$ 4,91 para R$ 5,61. Os novos valores passam a valer a partir de amanhã (18) das refinarias para as distribuidoras.
É o primeiro aumento da gasolina em 3 meses. O último reajuste havia sido em 11 de março. Já o diesel teve o último reajuste em 10 de maio.
O reajuste foi ventilado pela imprensa ontem, após reunião extraordinária do Conselho de Administração da Petrobrás, que deu sinal verde para a medida, apesar da oposição de conselheiros ligados ao governo (que defendiam o adiamento da decisão).
As ações da Petrobras operavam em baixa após a decisão, se ajustando após o tombo dos mercados globais na véspera em dia de feriado no Brasil. Os papéis ordinários (SA:PETR3) caíam 4,52% a R$ 30,81, enquanto as preferenciais (SA:PETR4) recuavam 3,75% a R$ 27,99. Em Nova York, as ADRs (NYSE:PBR) da petroleira recuavam 0,26%.
ICMS
O reajuste ocorre na mesma semana em que o Congresso aprovou o projeto de lei que limita a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia, gás natural, comunicações e transporte coletivo e, agora, depende da sanção presidencial para entrar em vigor. O projeto, liderado pelo governo, busca reduzir o preço dos combustíveis em ano eleitoral, quando o presidente Jair Bolsonaro (PR) busca a reeleição.
No entanto, os maiores pesos no preço dos combustíveis são o preço internacional do petróleo e a variação do dólar. Às 10h43, o dólar subia 1,58% a R$ 5,1335, enquanto o petróleo Brent, negociado em Londres e referência mundial de preços, recuava 2,03% a US$ 117,38. No ano, o dólar recua 7,85%, enquanto o petróleo Brent acumula alta de 50,93%.
Fonte: Investing