Por uma proposta de ACT digna e contra a privatização da Petrobrás, petroleiros iniciam mobilizações

Na luta!


Com a intransigência da empresa em não apresentar uma nova proposta de ACT, petroleiros da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) deram início a um calendário nacional de mobilizações. O primeiro dia de movimento aconteceu nesta sexta-feira (05) na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão. Estiveram presentes petroleiros do Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Norte Fluminense, Unificado São Paulo e aposentados do Litoral Paulista. O Atraso na RPBC contou com a participação do pessoal do turno e do administrativo.

A luta unificada busca um ACT digno, com avanço nas cláusulas sociais e na AMS, ganho real e reposição das perdas salariais. Os 17 sindipetros aumentaram a pressão por uma nova proposta de acordo digna e que atenda as reivindicações da categoria,  já que a empresa vem sinalizando a boa e velha tática de enrolação para que a categoria assine um acordo “aos 45 minutos do segundo tempo”.  Enquanto os acionistas da Petrobrás riem “à toa” com os bolsos cheios de dinheiro graças à bolada milionária de dividendos que têm recebido, a alta cúpula da empresa oferece migalhas à força de trabalho, trata com desdém as reivindicações e tenta empurrar um calendário de reuniões temáticas que se estende até o dia 11 de agosto para “ganhar tempo”. 

Com a extinção da ultratividade das normas coletivas imposta pela reforma trabalhista, a gestão usa isso "como arma" para tentar  induzir a categoria a pensar que o fim da vigência de um ACT significa o mesmo que perder todos os seus direitos e ter sua remuneração rebaixada e assim ignora a cobrança feita pelas federações e a categoria.

A FNP enviou ontem (04) ofício dando um ultimato à empresa e exigindo que o alto escalão apresente uma nova proposta de acordo até o próximo dia 12 de agosto. No documento a Federação destaca que se caso essa reivindicação não seja atendida ou se os gestores colocarem em mesa uma proposta que mantenha os ataques ao ACT, os sindicatos irão iniciar  assembleias a partir do dia 13 para deliberarem a realização de greve nacional a partir do dia 23 de agosto. Uma greve será a melhor resposta para tanta provocação e descaso.

Basta de perdas e de tantos ataques!

Privatização em pauta
As mobilizações também têm como pauta a privatização da Petrobrás que segue em curso graças à sanha privatista do atual governo. Assim como nos anos 90, quando grande parte das estatais foram vendidas a preço de banana, o processo tem sido o mesmo: sucateamento, retirada de direitos, desmoralização da força de trabalho e descredito das companhias frente a opinião pública, com campanhas massivas da mídia, que vendem que as estatais não podem ser administradas pelo Estado.

Defender a Petrobrás é defender investimentos em educação, cultura, esportes, infraestrutura e desenvolvimento. Defender a Petrobrás é defender o Brasil!