Campanha Reivindicatória 2025
Com o lema “15 anos de independência e luta”, encontro aprovou resoluções estratégicas que reafirmam a independência de classe da Federação Nacional dos Petroleiros, propõem caminhos para a união na luta dos petroleiros e petroleiras de todo o país, além de definir as pautas centrais para a campanha da categoria, como a defesa de uma Petrobras 100% estatal e a recuperação e conquista de direitos
O XV Congresso da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), realizado entre os dias 5 e 8 de junho no Sindipetro Litoral Paulista, em Santos (SP), foi palco de debates estratégicos que apontaram os rumos da categoria para o próximo período. A plenária reafirmou a importância da FNP como instrumento de enfrentamento, unidade e organização dos petroleiros.
Uma das principais polêmicas do Congresso se deu em relação à estratégia para o movimento sindical petroleiro, com debates sobre o caminho para unificar a luta nacional da categoria e a relação entre as federações, ressaltando no fortalecimento da Federação Nacional dos Petroleiros, que completou 15 anos em 30 de maio.
A resolução aprovada por ampla maioria reafirmou a FNP como ferramenta de independência de classe e importante vetor para pavimentar a unidade, superando os obstáculos interpostos pela outra federação, através do diálogo com sua direção e principalmente com o debate político em todas as bases, para que os trabalhadores determinem o “como” e “para quê” devem servir as federações e as propostas de unificação em debate.
O encontro também foi decisivo ao traçar a estratégia para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025. A deliberação central é a busca pela reparação de perdas acumuladas, com destaque para a recomposição salarial e a recuperação de direitos históricos. Dentro dessa pauta, diversos temas foram aprofundados:
- Salário e Benefícios: A principal reivindicação econômica é o reajuste salarial pelo IPCA acrescido de 4,67% de ganho real, para recuperar perdas de acordos passados. O Congresso também aprovou a luta pela alteração do critério de cálculo da PLR, utilizando o fluxo de caixa livre como base, e o retorno de programas como o Jovem Universitário (PJU).
- Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SMS): A defesa da vida e da saúde no trabalho foi reforçada com a proposta de criação de um GT de SMS. As resoluções exigem a garantia da participação sindical na investigação de acidentes, a implementação de programas de saúde mental e a ampliação das equipes de saúde com profissionais próprios em todas as unidades e turnos.
- Terceirizados e Isonomia: O combate à precarização ganhou força com a exigência do fim da escala 6×1 e a garantia de isonomia de jornada, benefícios e alimentação para os trabalhadores terceirizados. A criação de um GT sobre o tema buscará avançar na primarização de serviços.
- Aposentados e Pensionistas: A pauta deste segmento foi priorizada, com a deliberação de lutar pelo fim imediato de todos os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) na Petros e na AMS. Foi aprovada a criação de uma comissão permanente para tratar das perdas e demandas dos aposentados e a volta da emissão de crachás para acesso às unidades.
- Teletrabalho: Foi ratificada a pauta de regramento do teletrabalho, com propostas para garantir a modalidade integral para grupos que necessitem, como pais com filhos de até 7 anos, e a inclusão de trabalhadores de áreas operacionais no regime.
- Combate à Violência e ao Assédio: O congresso deu um passo importante ao aprovar a realização de treinamentos anuais presenciais e obrigatórios sobre o tema para toda a força de trabalho. Também foi deliberada a criação de fóruns para acompanhar as denúncias, garantindo um canal de diálogo com as entidades sindicais.
Paralelamente à pauta do ACT, o Congresso reafirmou a defesa de uma Petrobras 100% estatal, integrada, pública, sob controle dos trabalhadores e a serviço do povo brasileiro.
Nesse sentido, foram aprovadas resoluções para o enfrentamento às privatizações, a exigência de revogação das reformas trabalhista e previdenciária, a reestatização de ativos vendidos e o combate à política de Preço de Paridade de Importação (PPI) – considerada ainda vigente, embora disfarçada.
O horizonte de mobilização incluirá a retomada de projetos de comunicação, como o Observatório Social da Petrobras (OSP), e campanhas públicas por combustíveis e gás de cozinha a preço justo.
Também foram aprovadas moções e teses que fortalecem a pauta política da categoria, como a exigência de que o governo federal impeça a venda de petróleo e derivados para Israel em função do genocídio em curso na Palestina, e a retomada de campanhas contra os leilões de blocos exploratórios, como o previsto para o próximo dia 17 de junho na Bacia da Foz do Amazonas.
A Secretaria Executiva da FNP está sistematizando as propostas aprovadas, que serão divulgadas em breve para toda a base.
A FNP seguirá mobilizada para que as deliberações do XV Congresso se transformem em conquistas concretas para toda a categoria petroleira.
FNP, 15 ANOS DE INDEPENDÊNCIA E LUTA!
FNP, A LUTA É PRA VALER!!
Fonte: FNP
