Categoria reavalia movimento e articula próximos passos da campanha

Os petroleiros do Litoral Paulista fizeram, na noite desta quinta-feira (24/11), em Assembleia na sede e sub-sede do Sindicato, um balanço da mobilização realizada na região, que contou com greve em todas as unidades de produção nos dias 16 e 17, e paralisações entre os dias 18 e 24 de novembro na RPBC.

Além de reavaliar o movimento deflagrado pela categoria na semana passada, os trabalhadores também decidiram marcar uma nova assembleia, com data ainda indefinida, para debater os próximos passos da campanha reivindicatória 2011. O objetivo é aguardar o resultado das assembleias nas demais bases para definir, sem precipitações e com o cenário nacional já desenhado, os próximos passos da campanha reivindicatória 2011. Assim que a data da nova assembleia for definida, ela será divulgada pelo Sindicato a toda categoria - através dos seus meios de comunicação (jornal impresso, site, boletim eletrônico, redes sociais etc.).

Durante as intervenções, entre críticas, sugestões e manifestações de apoio, os trabalhadores ressaltaram o acerto de ter realizado a greve com os demais sindicatos da FNP e o Sindipetro-BA. Por outro lado, a forma de organização da mobilização e o fato da greve não ter atingido as demais bases petroleiras, sendo este o seu principal objetivo, foram os pontos negativos do balanço.

A expectativa dos trabalhadores do Litoral Paulista é de que a categoria rejeite nacionalmente a nova proposta da Petrobrás, uma vez que os itens prometidos por Gabrielli não atendem a pauta reivindicatória da categoria e apenas repõem aquilo que foi retirado dos trabalhadores.

Por isso, assim que a empresa oficializar a 3ª contraproposta de todas as empresas do Sistema Petrobrás, o que ainda não aconteceu, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e seus sindicatos indicarão aos trabalhadores a rejeição da nova proposta.

Desde o início da campanha reivindicatória, o chamado à unidade nacional, com mesa única de negociação e calendário único de luta, vem sendo feito pela FNP e seus sindicatos à FUP. Mas em nenhum momento houve resposta positiva da outra federação.

Diante da intransigência de um importante setor da categoria, que reúne 12 sindicatos, é fundamental que os trabalhadores das 17 bases petroleiras do País desmascarem esse grande jogo de cartas marcadas entre Petrobrás e FUP, derrotando o indicativo traidor de aceitação e exigindo a construção de uma greve nacional unificada para avançar nas negociações.

Não podemos aceitar a assinatura de um acordo que mantém as cláusulas leoninas e a tabela congelada para os aposentados, que não promove a abertura do PCAC e nem atende a reivindicação de Aumento Real no Salário Básico; e que, por outro lado, legaliza o Banco de Horas, através da cláusula 18, e estabelece limites seguros de exposição ao benzeno (leia mais) no acordo proposto para os petroleiros da Transpetro (cláusula 109).

Esses são apenas alguns pontos dos inúmeros que ainda podemos citar, como a luta dos Anistiados, que permanece ignorada, e a armadilha da RMNR preparada pela Transpetro. O Dia do Desembarque para todos os petroleiros embarcados e a AMS para os aposentados da Transpetro são reivindicações que também passaram em branco. É um absurdo, pois simbolizam a luta pela aplicação de um princípio básico: isonomia. Ou seja, condições de trabalho e direitos iguais para todos os petroleiros do Sistema Petrobrás. E este reconhecimento de igualdade está longe de ser colocado em prática na maior empresa do País.

Por isso, chamamos todos os petroleiros e petroleiras a se indignarem e a manterem o espírito da unidade para que possamos avançar em nossas reivindicações.

[gallery link="file" order="DESC" orderby="ID"]