Após intervenção do Sindicato, RPBC altera CAT de trabalhador acidentado

Foi necessária a intervenção dos dirigentes do Sindipetro-LP para que a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho) de um petroleiro acidentado fosse apontada corretamente pela RPBC. No último dia 8 de abril, um técnico de operação se acidentou durante o trabalho, sofrendo uma pequena lesão em um dedo. Embora a fratura não tenha sido grave, o ferimento causado foi suficiente para constatar a necessidade de afastar o trabalhador de qualquer atividade.

Entretanto, inicialmente, a empresa emitiu a CAT sem afastamento e deslocou o trabalhador para outra atividade. O Sindicato entrou em contato com o departamento médico da refinaria que, ao reavaliar o quadro do trabalhador, voltou atrás e emitiu uma nova CAT, dessa vez com afastamento.

O Sindipetro-LP, assim como a Federação Nacional dos Petroleiros, vem cobrando em todas as campanhas de ACT e comissões de SMES que o cumprimento de metas, seja de produção ou de lucro, não estejam acima da saúde do trabalhador, da preocupação em preservar vidas. Assim como exigimos que os acidentes sejam apurados com transparência.

A resistência em emitir CAT´s com afastamento para não arranhar a imagem da empresa e conquistar índices exemplares de segurança, que a rigor são artificiais, é um mal que deve ser eliminado imediatamente em todas as unidades da companhia.

Até porque a força de trabalho conhece o que acontece no chão de fábrica e não será um prêmio de responsabilidade social ou de excelência em segurança, muitas vezes sem qualquer amparo na realidade, que irão mascarar as irregularidades que são cometidas pelos gestores da Petrobrás. A presidente Graça Foster precisa mostrar com ações práticas que os discursos contundentes que recentemente vem divulgando na questão sobre segurança não se transformarão em novas e mais promessas não cumpridas.